P.o.v. Sam on- Samantha, você é a pessoa mais insuportável que eu conheço! - dei um pulo da cama. - SAI DO MEU QUARTO! - a loira me ignorou e apenas continuou mexendo na gaveta, eu ainde até ela e voltei a falar: -Eu não vou pedir de novo. Sai! - Ela fechou a gaveta e me olhou de relance de um jeito debochado; que já é quase sua expressão natural, e abriu a última gaveta da cômoda. Respirei fundo em uma tentativa falha de me controlar, mas nada, nada me irrita mais, do que quando me acordam fazendo barulho ou mexem nas minhas coisas sem permissão, e no momento, ela fazia os dois. Peguei o braço da garota e tentei a puxar pra fora do quarto, em um quase reflexo, a loira puxou seu braço de volta me fazendo voar em sua direção, ouvi um barulho alto, em um pulo levantei e pude perceber que a garota havia batido a cabeça. Fiquei a encarando, apenas esperando pra saber se ela iria ir contar pra nossa mãe, chorar ou voar pra cima de mim. Nunca se sabe.
- Sam? - Depois de um tempo esperando sua reação, resolvi checar se não havia quebrado a cabeça da minha própria irmã, afinal, ela não consegue ficar muito tempo quieta. Ela virou a cabeça, seu olhar rodou a gaveta e ela rapidamente se levantou.
- Achei! - Ela ergueu uma cardigã verde.
- Você tá indo pra um asilo, não passear com seus amigos esquisitos. - Eu observei a garota sair do quarto.
- Sim, por isso mesmo. - Ela já na porta se virou e me olhou. - Qual lugar no mundo vai ter mais Sugar Daddy's que um asilo?
- Você é doente. - Ela me mostrou o dedo e bateu a porta.
Hoje vamos pro nosso tal trabalho voluntario. Não estava muito ansiosa, até dar uma pesquisada melhor sobre o lugar... É literalmente o paraíso dos idosos. Parece um Resort; fica na praia, tem cinco piscinas, duas quadras pra cada modalida que existe, enfim, não é nada mal. Por um tempo, me perguntei, como um lugar daqueles, pode aceitar adolescentes pra fazer trabalho voluntário...
- Já ta pronta, filha? - Minha mãe apareceu na porta e eu afirmei com a cabeça. Ela se aproximou e sentou ao meu lado da cama. - Sei que você gostaria de passar suas últimas férias aqui de um modo diferente. - Ela me olhou e deu um sorriso confortante. - Eu também queria aproveitar diferente os últimos meses com minha primogênita. Estamos fazendo isso por um bem maior. Um dia você vai entender. - Ela me abraçou de lado. Eu não respondi, apenas retribui o abraço.
Fomos em direção a porta, papai e Sam já estavam no Jeep, minha mãe trancou a porta e entramos no carro. O mais velho ligou o rádio, mamãe começou a mexer no celular, a loira ao meu lado, com fones de ouvido, os pés apoiados no banco da frente e a cabeça tombada pro lado, fechou os olhos, acho que talvez ela rezasse pra que algum Deus salvasse-a das próximas semanas, ou talvez, ela só tentava dormir pra que as próximas uma hora e meia de viagem passassem rápido. No fim, quem acabou cochilando foi eu. Acordei com meus pais, muito animados, cantando juntos "smell like teen spirit". Olhei pela janela, ainda meio sonolenta e pude ver a grande placa - em vermelho vivo - que dizia "Lar para idosos" com passarinhos brancos em volta.
- Por que parece um motel? - Minha irmã perguntou.
- Samantha! - Meu pai a reprendeu.
- Não parece um motel! - Minha mãe disse, inclinando o pescoço e semicerrando os olhos, analisando o lugar.
- Parece sim. - Eu falei rindo. E meu pai estacionou o carro.
- Como vocês sabem como um motel se parece? - papai perguntou e minha mãe riu.
- Vou pegar minhas malas! - Eu desci do carro e Sam fez o mesmo. Depois de pegarmos todas nossas coisas, entramos no lugar.
- Sr. e Sra. Decker! - A recepcionista, uma mulher alta, ruiva, na casa dos quarenta, deu a volta no balcão. - Sr. Smith acabou de sair daqui! Ele esperava ver vocês, mas acabou tendo que ir pra uma reunião.
- Por favor, me chame só de Chloe! - Mamãe pediu sorrindo. - A gente acabou se atrasando por conta do trânsito... Quem sabe a gente não se encontra com ele na próxima vez!
- Vou avisar ele. - a ruiva disse antes de olhar pra Sam e depois pra mim. - Essas são as voluntárias? - Ela sorriu pros meus pais e eles retribuíram.
- Elas mesmas. - Papai disse.
- Os outros voluntários então na sala ao lado esperando por vocês.
- Bom, não vamos atrasar mais ainda o seu trabalho. - Papai disse e andou até a nossa direção, nos abraçou e deu um beijo na testa de cada uma. Mamãe fez o mesmo. - Amo vocês. - Foi a última coisa que disseram antes de deixarem o local.
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That Summer.
FanfictionAs irmãs Fraser, Yelena e Sam, nunca se deram bem. Dispostos a melhorar essa relação, seus pais decidem que as garotas prestariam trabalho voluntário em um asilo durante o verão. Eles só não esperavam que o que uniria as irmãs, seria a revalidade co...