That Summer.

Culpa

galera, quem é viva sempre aparece!! KKKKKKKKK provavelmente ngm le mais essa fic, mas acho que vou termina-la pq realmente gosto dela!! Obrigada pela paciência de quem ainda ta aqui 🫶🏻
Tw: homofobia, e um pequeno hot 🤚🏼
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Samantha P.o.v

Encarei o relógio de parede no quarto.
02:34

tanta coisa aconteceu hoje, minha mente não parava nem por um segundo. A esse ponto da madrugada, já tinha contado mil carneirinhos, rezado pra cinco religiões diferentes, escutado dez podcasts sobre assuntos que eu não me interesso, mas o sono não vinha. Minha mente variava entre Deena e Yelena, mas principalmente Deena.
O fato é, a esse ponto, eu não conseguia mais negar uma coisa que tento a muito tempo esconder de mim mesma.
Eu era apaixonada por Deena.
não sei se diria paixão com todas as letras, afinal eu tinha apenas 12 anos, mas dizem que a gente nunca esquece o primeiro amor.
E outro fato é, Deena também era apaixonada por mim.
E eu sabia. Porque ela me disse uma semana antes de ir embora. Mas ela ia embora. E ela era uma garota.
Então, eu fiz o que qualquer garota de 12 anos, que definitivamente não esta pronta pra aceitar quem é, faria. Eu falei pra escola inteira que Deena gostava de garotas, e tinha tentado me beijar. Também fiz questão de deixar claro o meu desgosto por isso.
Na verdade, não sei porque eu fiz. Talvez porque achei que Inez Ryan's, a garota mais fofoqueira da escola, estava no vestiário quando Deena me disse tudo aquilo. E que, talvez, ela tivesse visto que eu a respondi com um beijo.
Deena não foi pra escola na sua última semana em Jacksonville, mas apareceu na minha porta no último dia. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, quando então, ela quebrou meu coração pela primeira vez.
Pode parecer bobo, mas umas semanas antes de todo esse fuzuê, eu dei a Deena uma coisa muito importante pra mim; um globo de neve, que dentro tinha - neve - e dois gatos, um preto e o outro branco. Foi um presente do meu avô. Ele me disse que um dia eu encontraria alguém tão especial, que passaria tranquilamente os restos dos meus dias em um globo de neve se tivesse que, e Deena, antes de qualquer coisa, era uma grande amiga; eu passaria todos meus dias com ela naquele maldito globo se tivesse que. E ela o tacou nos meus pés, enquanto olhava nos meus olhos. E quando vi todos aqueles cacos no chão, meu coração fez o mesmo. E nada nunca me machucou como aquilo.
Ta bom, eu sei que eu vacilei! Mas ela podia só ter me devolvido! E eu passaria os restos dos meus dias me culpando por tudo aquilo, mas aquele pequeno ato, me deu passe livre pra odiá-la como se ela tivesse espalhado um rumor sobre mim também.
O fato é, eu usei algo que me machucaria pra machuca-la, e ela fez o mesmo. Tudo bem que o dela foi meio que legitima defesa, mas meu deus eu era so uma pre-adolescente!!
Respiro fundo numa tentativa falha de afastar todos esses pensamentos. Sento na cama e logo sinto o gelado do piso se encontrar com meus pés, eu precisava usar o banheiro. Pra mim, era quase uma missão impossível, pois tudo que eu menos queria era trombar com Deena pela casa, mas não sou uma pessoa de sorte. Assim que parei em frente o banheiro, a porta se abriu. E era aquela maldita garota. Eu fiquei sem reação, nos encaramos por alguns segundos quando ela resolveu desviar de mim e sair do banheiro. Eu estava imóvel. Quando senti seu cheiro passar por mim, impulsivamente segurei seu braço. Ela se virou, olhou pra minha mão confusa e depois nos meus olhos.
- Desculpa por hoje mais cedo. - Eu a soltei antes de dizer. Ela respirou fundo e cedeu.

- Não. Eu que te devo desculpas. - Ela colocou o cabelo atrás da orelha, como costumava fazer, e eu lembrei da antiga Deena, da minha Deena. - Eu explodi. Não era sobre você. Tinha muita coisa acontecendo, e eu só descontei na primeira pessoa que apareceu. - Ouch! - a gente não tem mais 12 anos. E eu não sou desse jeito.

- Eu sinto muito que tudo aconteceu do jeito que aconteceu, Deena. De verdade. Você não merecia. - O que aconteceu comigo e por que eu estou me desculpando por algo pela primeira vez na minha vida? - Eu fui extremamente imatura. Eu entendo isso agora. - Ela se encostou na parede atras dela. - Mas você não precisava ter quebrado o globo. Você sabia como ele era importante pra mim.

- Pelo amor de deus Samantha. Você só pode estar brincando com a minha cara. - Ela riu falsamente. E eu virei um pouco a cabeça sem entender. - Você literalmente me tirou do armário pra escola toda, e me acusou de assédio. O que eu fiz com aquela bola de neve não igualou a gente. Nem um pouco. - Ela balançava a cabeça enquanto cuspia as palavras.
- Cara meu avô que me deu aquilo! ELE MORReu! - Abaixei o tom de voz pois lembrei que era madrugada e estávamos no corredor. - Por que te importa o armário daquela escola? você ia se mudar de todo jeito!

- Por que minha irmã também estudava lá?! E eu queria ter contado pra ela, e não que ela descobrisse por que alguém escreveu "Sapatao nojenta" no meu armário?! - Ela riu desacreditada. - Você é inexplicavelmente egoísta. Juro, não sei como um dia eu gostei de você - OUCH!

- Cara, eu sei que eu errei, eu já me desculpei. Mas você não pode tirar o seu da reta assim. - Eu caminhei até ela. - Eu também sou - eu olhei pros lados, nunca falei em voz alta. - Lésbica. - Ela se desencostou da parede, fazendo a proximidade entra a gente diminuir. - E eu não soube lidar com nada daquilo. Eu era a garota exemplo, cheerleader, eu simplesmente entrei em pânico. Eu não queria aceitar que estava apaixonada por você. - Pude notar seu olhar ceder.

- Pelo visto você não aceitou nada até hoje. - Ela balançou a cabeça. Isso não era verdade. Eu só não queria que todo mundo achasse que minha personalidade era isso. Ser a menina queer. Eu gostava de ser a Sam, popular e bonita. Só isso. Fútil assim. Então, pra provar que ela estava errada, eu a beijei. Desculpa, era o único jeito de provar!
De primeira, ela me empurrou. Eu me afastei mas mantive a mão em seu pescoço. Ela olhou nos meus olhos, então pra minha boca, franziu as sobrancelhas, fechou os olhos lentamente, como se soubesse que ia se arrepender depois, e me beijou. Da última vez que nos beijamos, não foi pra valer. Fui um selinho meio longo. Dessa vez, foi pra valer. Foi lento, molhado. Foi bom. Muito mais que bom. Eu subi a mão, que até então estava na sua cintura para seu peito, e ela desceu a sua, até então no meu pescoço, lentamente pelo meu corpo. Desgraçada, ela era boa. Quando chegou na minha cintura, ela me puxou pra mais perto. Eu podia sentir sua respiração ficar mais rápida. Eu comecei a beijar seu pescoço. Foi quando ouvimos a porta do quarto se abrir. Nos desgrudamos tão rápido, que se você observar bem o bastante, é como se nada tivesse acontecido.

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eae, vocês são team deena ou samantha?