fim do mundo

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oii gentee

obrigada pela paciência de esperar as atualizações, estou passando por muita coisa no momento e ta difícil achar um tempinho pra vir aqui escrever, mas prometo que vou tentar atualizar com mais frequência.

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Yelena P.O.V

Depois de ver minha irmã tomar o maior esporro que ela provavelmente já tomou na vida, algumas perguntas surgiram na minha cabeça. Que caralhos ela fez pra Deena?
Quando se trata de Sam, tudo é um pouco complexo. Eu demorei um tempo pra entende-la, e sei que ela pode ser uma babaca as vezes, mas também sei que sempre tem uma insegurança escondida atrás dessas babaquices diárias. Nesse momento, estou a procurando pelo asilo, afinal já passa das 20h. não sei se só estou curiosa pra saber o que aconteceu ou tentando ser uma boa irmã. Quando cheguei perto da praia, pude vê-la sentada. O vento forte jogava seus cabelos pro lado e suas mãos brincavam com a areia.

- Hey. - Parei do seu lado.

- O que foi? - Ela perguntou sem tirar os olhos do mar.

- Tá frio aqui fora, Sam. - Eu sentei ao seu lado. -  e eu vi o que aconteceu lá.

- E o que que tem? - Ela me olhou. - Eu não quero conselhos e nem uma amiga. Você já pode ir. - Eu respirei fundo e balancei a cabeça antes de me levantar.

- Por que você tem que ser sempre uma babaca?

- Você nunca quis ser minha amiga, Yelena. E eu não quero mais ser sua, é só isso. Eu quero ficar sozinha. - Ela abraçou os joelhos.

- Eu nunca disse que não queria ser sua amiga, Sam. Eu sempre me importei contigo. - Eu tirei minha blusa e joguei do lado dela. - Tudo bem se você quer ficar sozinha. Só coloca a blusa, porque ta frio. - Eu me virei pra ir embora.

- Espera. - Ela disse em um tom de surpresa, e eu olhei pra trás - Você se importa?

- Com você? - Eu andei até ela de novo - É claro que eu me importo. Você é minha irmã. - Me sentei novamente ao seu lado e por uns segundos ficamos em silêncio só observando as ondas quebrando.

- Eu e a Deena eramos melhores amigas. - Ela voltou a falar, brincando com os dedos. - Quando ela me contou que ia embora pra Flórida, eu fiquei muito chateada. - Ela respirou fundo. - Aconteceu umas coisas umas semanas antes dela se mudar que me deixou muito confusa. Eu não soube lidar com tudo e acabei espalhando um boato sobre ela pra escola toda. - Depois de uns segundos pensando no que dizer eu respondi.

- Isso já faz tempo, Sam. Talvez você tenha evoluido uns 10%. - Ela riu. - Se você se arrepende disso por que ainda trata ela mal?

- Eu não te contei a história toda, tá? Ela não é totalmente santa. - Ela se levantou. - Vamos voltar. - Eu tambem levantei. - Vou aproveitar os 5 minutos de amizade pra perguntar sobre você e a Kate. O que rolou?

- Não estamos nesse nível de amizade. - Eu sorri pra ela.

- Que injusto! - Ela me empurrou de leve com o ombro. - Eu me abri pra você!

- Se abriu mais ou menos né, Sam?! Aquela história ta mais mal contada do que a vez que pegamos o papai pelado no carro e ele disse que estava testando o vidro pra ver se dava pra ver por fora. - Ela riu e balançou a cabeça.

- Aquilo foi traumático! Ver a mamãe sair pelo porta-malas depois foi o mais engraçado. - Estavamos rindo quando observei uma porta aberta no caminho do nosso apartamento. Geralmente não sou uma pessoa curiosa, mas aquela sala parecia me chamar. Entrei la e tudo que tinha era uma outra porta do outro lado da sala e uma parede cheia de fotos. Eu e Sam olhamos uma por uma até chegar na última.

- Esses são...

- Nossos pais?! - A loira completou o que eu dizia.

- Vocês não deviam estar aqui! - Evelyn disse após sair pela porta que havia no fundo da sala, acompanhada de Celia e eu e Sam nos olhamos.

- Desculpa, a gente viu a porta aberta e achou que tudo bem entrar. - Sam se justificou mas eu estava ocupada demais pensando em que caralhos Evelyn e Celia faziam juntas em um armário de limpeza e por que havia fotos dos meus pais adolescentes aqui se isso é um asilo.

- Vá para o quarto de vocês e esqueçam isso aqui. - Foi a vez de Celia dizer e eu semicerrei os olhos pra ruiva.

- não sei do que você ta falando. - Sam sorriu amarelo e me puxou pra fora.

- Meu. Deus. - Eu falei enquanto Sam me puxava pelo corredor. - Nosso segundo dia aqui e já estamos na reta.

- Você acha que elas se pegam? - Sam ignorou o que eu disse e perguntou.

- Quem? Celia e Evelyn? - Ela afirmou com a cabeça quando chegamos no nosso prédio. - Se elas não se pegam eu sou uma frigideira. - Rimos e eu apertei o botão do elevador.

- Vi você hoje conversando com o Jaden no refeitório. - Ela disse quando entramos no elevador e me lançou um olhar malicioso e eu balancei a cabeça.

- Ele é um cara legal, mas nada mais que isso, tá? um amigo. - Eu respondi.

- Sei, sei. - Ela disse sorrindo e o elevador abriu. Andamos até nossa casa e eu me preparava pra torta de climão que provavelmente ia ter.

Assim que entramos no apartamento, pude ver as ruivas, Simon, Kate (sem ser a bishop) e Josh assistindo tv na sala. Dissemos oi e caminhamos até a varanda.

- Por que você acha que tem uma foto dos nossos pais naquela sala? - Sam me perguntou assim que se sentou na rede. Eu me apoiei na grade e fiquei observando o mar.

- não faço ideia. - Eu respirei fundo. - Lembra quando chegamos? A Célia disse que o Sr. Smith queria falar com eles. Talvez eles sejam amigos.

- Sera que nossos pais fizeram trabalho voluntário aqui quando eram adolescentes? Será que foi aqui que eles se conheceram? - Sam disse encarando as estrelas.

- Acho que não. Papai teria me contado. E quando eu era pequena e perguntei como eles se conheceram, ele disse que foi num lugar muito especial. Duvido que seja num asilo. - Sam riu.

- Faz sentido. - A loira comentou e ouvimos a porta abrir. Eram as Bishop's. Ambas mandaram um olhar mortal pra minha irmã e eu senti meu sangue ferver. Kate não tem moral NENHUMA pra julgar Samantha e se eu ver ela olhar pra Sam mais uma vez assim, não sei do que sou capaz. Menina sínica.
Sam e eu ficamos mais um tempo na varanda, esperando que talvez elas fossem dormir. Quando o movimento da casa acabou, decidimos entrar. Sam decidiu tomar banho primeiro enquanto eu esperava na cozinha mexendo no celular. Ouvi um barulho e quando olhei pra trás, Kate estava no sofá. Talvez eu tenha esquecido do detalhe que não sobrou cama pra ela.

- Que foi? - Ela perguntou quando olhei pra ela e eu respirei fundo e voltei meu olhar pro meu celular. - De tarde você comemora comigo, de noite me ignora? - Ela andou até a cozinha. - Se decide, Yelena.

- Como você é insuportável. Não consigo acreditar que um dia já fomos amigas. - Ela parou do outro lado da bancada e ficamos frente a frente.

- Aposto que sente minha falta. - Ela sorriu de lado. Como eu odeio essa garota e esse sorriso. Eu inclinei meu corpo pra frente, o que nos aproximou mais do que eu esperava.

- Apesar de você desejar muito que eu sinta - Ela olhou pra minha boca - infelizmente não sinto. E se um dia eu sentir, pode ter certeza que o mundo ta acabando. - Seu olhor se encontrou novamente com o meu e ela sorriu. Minha irmã saiu do banheiro, o que fez eu me afastar da garota. Ela voltou pro sofá e eu entrei no banheiro. Tudo que passava pela minha cabeça era como eu odiava Kate Bishop. Odiava o jeito que eu me sentia sobre ela. Odiava o jeito que ela me olhava e odiava tudo que ela fez comigo. Eu odiava Kate Bishop.

That Summer.Onde histórias criam vida. Descubra agora