"She Will Be Loved" - Parte 3

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NÃO AUTORIZO CÓPIAS, PLÁGIO É CRIME!

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Por um instante Sadie se perguntou se estava presa em um devaneio. A mudança de cenário de um minuto para outro quase levou sua cabeça a combustão. Ela sentia em sua boca o gosto das lágrimas que não saberia dizer se eram suas ou de Millie, e no peito seu coração palpitava exatamente como a dez minutos atrás quando estava presa aos plantos no banheiro, mas dessa vez por uma razão muito diferente. Não era agonia de todos aqueles sentimentos mal resolvidos, e sim a euforia de ter finalmente sido beijada pela garota por quem era apaixonada.

O primeiro pensamento dela foi que era seu o dever resistir, e impedir que Millie se deixasse levar pelo momento mais uma vez, fazendo algo que pudesse lhe trazer arrependimento mais tarde. Mas o toque quente de seu beijo, e o jeito afoito em que a morena buscava sua resposta a fizeram perceber que elas não eram só um momento, eram muito mais que isso.

Haviam tido antes um pequeno vislumbre do que o contato de suas bocas poderia gerar. Mas naquela época estavam tão assustadas e confusas, tudo era tão novo e soava tão errado. Dessa vez parecia o correto, e trazia tanta felicidade que ao recuarem quando se tornou impossível para seus pulmões suportar a ausência de ar, tudo que se ouviu no quarto foi um murmúrio mútuo de satisfação.

- Uau... - Millie sussurrou ofegante, com a testa ainda colada a da ruiva, e um sorriso enorme nos lábios.

- Mills... - Sadie se esforçou para entrar outra vez em órbita, mas pareceu um pouco inútil estando tão perto da garota que ainda lhe causava arrepios.

- Eu sei, não foi a melhor escolha - ela afirmou antes mesmo de ouvir o que tinha a dizer - me desculpe, eu só precisava esquecer tudo por um momento e sentir você... - suas mãos caminharam dos cabelos dela para as bochechas, que afagou com os polegares antes de se aproveitar da proximidade e lhe roubar mais um beijo breve - eu quis isso por tanto tempo!

Sadie sorriu diante da confissão, pensando em quantas vezes inconscientemente se pegou imaginando cenas como aquela com a melhor amiga também, em quantas vezes a abraçou desejando ir um pouco mais além, em quantas vezes precisou refrear seu corpo perante as sensações que Millie lhe causava.

Dessa vez porém ela só quis que tudo explodisse. Não queria se conter nem por mais um segundo. Mesmo que soubesse o quão arriscado era para elas irem tão longe. Pegar o caminho de volta talvez fosse doloroso depois de terem uma amostra do que poderiam viver. Mas foi involuntário que retribuísse as carícias dela, que se permitisse buscar sua boca para um novo beijo, que se entregasse em dobro dessa vez. Até que quando desse por si mesma já houvesse puxado Millie por completo para si, e sentada em seu colo a morena rapidamente transformasse o que era um beijo em algo a mais.

- Eu posso tirar isso? - Millie tateou os botões do pijama de cetim que a ruiva vestia. Ela ouvia sua voz um pouco mais rouca graças a sua excitação óbvia, e notou que isso deu um certo brilho de luxúria no olhar de Sadie, que assentiu mesmo incerta, e observou trêmula enquanto ela desabotoava lentamente a camisa lilás, revelando seu sutiã rendado, os seios que ele mal escondia, e a pele alva que nitidamente queimava por ela, e se arrepiou totalmente reagindo ao calor de seus dedos - você é tão linda! - Precisou dizer antes de voltar a beijá-la, e passar a vez para a ruiva que agarrou novamente sua cintura, deixando suas mãos vagarem para dentro do súeter, que não demorou a tirar.

Sadie deslizou um pouco mais ácima, apertando seus seios entre as mãos e enterrando o rosto em seu colo, deixando escapar um gemido contra a pele macia de seu pescoço quando Millie passou a rebolar em seu colo lentamente, quase sem notar, em busca de mais contato.

- Me pare agora... - a britânica avisou entre dentes, delirando pelos lábios que correram de seu pescoço aos seios em mordidas leves, enquanto as mãos partiam para seus quadris - ...ou não respondo por mim!

- Eu não acho que quero - Sadie disse baixinho arrastando para baixo o sutiã da morena - e nem acho que estou me reconhecendo agora... - deixou beijos por seus seios com certa cautela, que logo se tornaram chupões graças ao incentivo vindo dos gemidos da garota - estamos mesmo...

- É estamos... - confirmou em um sussurro antes que precisasse terminar - tudo bem para você? - Lhe fez parar tocando carinhosamente o seu rosto. Sadie balançou a cabeça timidamente, ansiosa para retornar ao que fazia, e extremamente encantada por sua imagem também - ótimo... - sorriu antes de prender o lábio inferior entre os dentes um pouco perdida em sua imaginação - ...porquê eu não acho que gostaria de parar por aqui.

Millie tomou distância o suficiente para apagar o abajur na mesinha de cabeceira, que escureceu mais um pouco o ambiente já limitadamente claro, e começou a se livrar sem pressa das peças de roupa restantes em seu corpo. Sadie se distraiu por um momento ao assistí-la, tão sexy sem se dar conta, tão perversamente tentadora, mas percebeu em segundos de que deveria fazer o mesmo se queria seguir com aquilo.

No minuto seguinte estavam nuas, se enxergando com clareza vez ou outra que um relâmpago se partia na janela principal e brilhava no quarto. Paradas frente a frente, ajoelhadas no meio da cama, uma onda de excitação ardeu em seus corpos, e um sorriso malicioso tomou os rostos de ambas. Como imãs elas se atrairam de volta, e nada poderia definir o que as atingiu.

O contato dos seios e da pele, as mãos por toda parte, os apertos possessivos, as carícias delicadas, os beijos envolventes, incendiaram algo que elas não se lembravam de terem vivenciado antes. E entre gemidos que por timidez ainda tentavam silenciar, o calor queimando entre elas, e a excitação que da forma mais literal possível transbordava de dentro delas, mal souberam distinguir de quem veio o primeiro passo, mas logo estavam desajeitadamente tocando uma a outra, buscando o encaixe perfeito, e o ritmo que agradasse ambas.

Foi difícil discernir se a maior parte do deleite partia do ato de tocar ou de ser tocada, do próprio prazer ou do prazer que proporcionavam, das reações de seus corpos, ou das que assistiam vindas uma da outra. A timidez foi embora tão rápido quanto os gemidos se fizeram mais altos, e o mais puro e real desespero para se sentirem cada vez mais fez com que Sadie pausasse tudo, e fizesse com que Millie se deitasse na cama, a beijando uma última vez antes de se posicionar sobre ela de forma que suas intimidades se tocassem. Pendendo sua cabeça para trás, tão fora de si quanto a melhor amiga pelo novo e arrebatador contato entre elas, ela começou a se mover, fricionando seus corpos com destreza, as levando ao frenesi mais uma vez, com muito mais força.

- Sads... - Millie sibilou segurando firme em sua cintura enquanto tentava o mínimo de autocontrole possível para lhe dizer o que tomava sua cabeça no momento, além do prazer, e a incredulidade de quão bom era tudo aquilo - Sads, eu... eu te...

Antes que qualquer verdade pudesse ser trazida a tona, uma onda mais forte de prazer inundou ambas, e mesmo sem saber se era fisicamente possível elas passaram a trabalhar ainda mais na união de seus corpos, elevando a intensidade dos movimentos até serem apenas uma bagunça de gemidos, sensações, e tremores.

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Talvez essa tenha sido a parte final, opinem, votem, e me digam se seria interessante ver o que viria depois, beijos 💛

Pouring Rain - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora