Capítulo 03

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Quando Clarke olhou a janela, Lexa usou a oportunidade para estudá-la. Quem era esta mulher que lhe interessava, mais que qualquer outra que ela já encontrou? Eram seus aveludados olhos azul? O modo que ela corou? Quando Lexa a envergonhou, todos os pedaços de pele nua que ela podia ver ficaram rosa, da gola de sua blusa, para as pontas de suas orelhas. Lexa se perguntou se o resto de seu corpo ficaria com aquela cor atraente. Como seria beijar aqueles lábios cheios? Tão arisca quanto parecia, ela provavelmente teria mais sorte beijando a senhora velha em seu outro lado.

                     
O raio iluminou o céu lá fora e Clarke ofegou quando o avião caiu e estremeceu. Ela afastou-se da janela para frente, seus olhos fechados apertado, seu rosto pálido como as toalhas de renda de sua mãe. Pelo intercomunicador uma voz de homem disse:

                     
– Este é seu capitão. Sentem-se todos e apertem os cintos até estarmos fora desta tempestade.

                     
Pobre criança pensou Lexa enquanto observava Clarke. Lexa não pode impedir a si mesma. Ela passou um braço ao redor dela e puxou sua cabeça para seu peito. Clarke permaneceu rígida, tremendo. Após alguns momentos, ela a sentiu relaxar um pouco.

                     
– Tudo ficará bem! – Lexa sussurrou em seu cabelo, e apertou seus dedos frios dentro de sua mão morna.

                     
Suas entranhas se apertaram quando sentiu o cheiro dela e o seu corpo suave em seus braços. De alguma maneira Lexa sentiu como se a conhecesse. Como se sempre a conhecera. O avião saltou e sacudiu com a turbulência, e Clarke apertou seu rosto mais intimamente contra Lexa. Lágrimas ensopavam sua camisa, e ela lutou contra o desejo de deslizar seus dedos em seus cabelos.

                     
Por que ela estava tão apavorada?

                     
Lexa moveu seu dedo polegar acima da parte de trás de sua mão e notou uma faixa de carne pálida contra sua pele, onde ela deve ter usado um anel de casamento. Um compromisso quebrado? Um divórcio? O resto do voo para Tucson era um dos mais ásperos que Lexa já havia feito. O temporal continuava e a turbulência lançava o avião como se fosse um brinquedo preso em um redemoinho. Mas Lexa estava feliz pela tempestade, contente pela desculpa para segurar a mulher jovem que ela ainda mal conhecia.

                     

*****

                     

Uma carícia sensual, um beijo apaixonado e profundo... a vaqueira tocou Clarke de maneiras que ela nunca tinha sido tocada antes. Suas mãos lentas tinham intenção de explorar cada centímetros de seu corpo nu. Lexa segurou seus seios em forma de concha e esfregou seus dedos polegares acima de seus mamilos enquanto ela deslizava sua língua em sua boca.

                     
O modo que Lexa usou aquela língua a deixou pasma. Ela a saboreou toda enquanto Lexa movia-se de sua boca, ao longo de sua garganta para seus mamilos e então em diante em direção de sua barriga para suas partes intimas. Lexa focava em lhe dar prazer, e ela nunca tinha tido prazer antes. Então a vaqueira ajeitou-se entre suas coxas, seu pênis em sua entrada pronta para empurrar nela...

                     
Clarke despertou com um sussurro em sua orelha.

                     
– Nós estamos aqui, Clarke. Nós conseguimos.

                     
Desorientada, ela piscou e percebeu que ela tinha sua cabeça contra o peito da vaqueira. Seu rosto incendiou quando ela lembrou que estava sonhando com uma estranha total, e para piorar ela tinha dormido aconchegada nela. Ela nunca teve um sonho erótico assim, e ela ficou nervosa.

🄲🄻🄴🅇🄰 ✓ • Sєʟvᴀɢєᴍ • ᵍⁱᵖOnde histórias criam vida. Descubra agora