Capítulo 10

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Durante o jantar, Lexa sentou ao lado de Clarke. A família conversou e riu, mas Clarke mal podia pensar com o seu antebraço roçando o braço de Lexa toda vez que ela se movia. Lexa pressionou sua perna à dela debaixo da mesa, e mesmo quando ela se moveu em sua cadeira, Lexa ainda conseguiu arrumar um jeito de se esfregar contra ela. 

                     
Clarke estava excitada pelo breve contato, que só podia rezar para que ninguém notasse que estava vermelha. Foi quase um alívio quando o jantar acabou e ela pôde escapar de sua presença constante. Depois que todos ajudaram Clara limpar a mesa e arrumar a cozinha, Harry agarrou a mão de Lexa e puxou-a para a porta de trás.

                     
— Venha, mamãe. Vamos mostrar a Clarke meu esconderijo.

                     
— Você quer? — Lexa perguntou, olhando para Clarke de uma forma que fez seu coração saltar uma batida. Ela sorriu e deu de ombros.

                     
— Claro. Eu adoraria ver o seu esconderijo, Harry.

                     
— Tudo certo! — O menino agarrou sua mão e a de Lexa porta a fora. Ela riu e olhou Lexa por cima da cabeça de Harry.

                     
— Você tem o dínamo totalmente aqui.

                     
— Você não tem ideia. — A covinha de Lexa se apareceu quando ela sorriu, e o estômago de Clarke deu cambalhotas.

                     
A mão do menino pareceu pequena e quente na de Clarke quando ele a arrastou através de pomar de Clara e no quebra-vento. O sol de fim de tarde há pouco pendurou em cima das montanhas e o ar cheirava a grama cortada e calêndulas. Uma brisa esfriou as bochechas dela, e deixava folhas mastigadas sob os pés enquanto eles caminharam por eucalipto e árvores de junípero. Quando alcançarem uma área gramada, Harry apontou a uma piscina barrenta de água. 

                     
— Essa é a Lagoa da vovó pato.

                     
Cheirava a musgo e algas, e o som de patos grasnando encheu a clareira.

                     
— Não soam como se eles estivessem contando segredos? Isso é o que sempre diz a vovó. E olha, ali está mamãe pato e os bebês dela. — Clarke sorriu.

                     
— Eu aposto que a mamãe pato está falando sobre como adorável os bebês dela são.

                     
Eles pararam quando a família de pato andou em frente a eles, em torno de uma dúzia de patinhos cobertos com penugem seguindo a mãe.

                     
— Vamos, — Harry puxou a mão de Clarke e levou-a mais no quebra-vento.

                     
— Aqui está! — Ele anunciou quando eles chegaram a uma casinha de brinquedos pintada em alegres cores primárias. — Minha mamãe fez para mim quando eu tinha cinco anos e pintou nas minhas cores favoritas. É no chão porque as árvores por aqui não são grandes o suficiente para construí-la bem alto, por isso não é uma casa na árvore, é uma casa de chão, mas eu chamo de meu esconderijo. 

                     
A casa amarela tinha cerca de um metro e meio de altura, tinha uma chaminé verde, porta vermelha, e guarnição azul brilhante em torno das janelas e beirais. Era perfeito para uma criança ter grandes aventuras.

                     
— A arte é linda. — Clarke olhou para Lexa. — Sua mamãe deve ser talentosa com as mãos.

                     
No momento que ela disse isto, um rubor quente varreu por cima dela, e era tudo que Clarke poderia fazer para não bater a mão sobre a boca. Em vez disso, ela tentou recuperar a compostura. Lexa riu e inclinou-se perto.

🄲🄻🄴🅇🄰 ✓ • Sєʟvᴀɢєᴍ • ᵍⁱᵖOnde histórias criam vida. Descubra agora