001 | Emma Coleman

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Abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade que parece me cegar,encaro o teto branco do meu quarto e suspiro desanima em plena manhã de segunda-feira quando ouço os gritos da minha mãe para levantar e ir para escola,porém,não ...

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Abro meus olhos lentamente tentando me acostumar com a claridade que parece me cegar,encaro o teto branco do meu quarto e suspiro desanima em plena manhã de segunda-feira quando ouço os gritos da minha mãe para levantar e ir para escola,porém,não me encontrava nem um pouco animada com isso.

Odeio ir para escola e ter sempre que ver as mesmas pessoas,na verdade nem todas, Aaron era o único de quem eu gostava de passar meu tempo e conversar sobre tudo,somos melhores amigos desde quando éramos crianças e nós entendemos muito bem.
Aaron sempre gostou de mim mas eu sempre deixei claro o suficiente a ele de que entre nós haveria somente a nossa amizade,pode parecer estranho mas nós levamos essa amizade um pouco colorida e com benefícios. Nunca fomos além de toques e beijos,eu gostava de manter aquele tipo de relação entre nós dois mesmo sem seguir para o próximo passo,Aaron nunca reclamou sobre isso e me entendia perfeitamente bem,nunca tentou passar da linha sem o meu consentimento.

Usando as poucas forças que ainda me restavam me forço a levantar e caminhar até o banheiro,tiro minhas roupas e tomo um banho quentinho e confortável para não me atrasar. Mamãe odiava quando isso acontecia e arrumava qualquer pretexto para me xingar e me deixar de castigo.

Limpa e de banho tomado,visto a blusa branca de uniforme da escola deixando três botões abertos destacando os meus seios e uma saia vermelha plissada que iam até a metade das minhas coxas.

Calço os meus sapatos e me olho no espelho ajeitando os fios castanhos dos meus cabelos curtos,pego minha mochila e desço para a cozinha deixando um beijo na bochecha dos meus pais.

— Bom dia minha filha,está linda como sempre — Mamãe indagou apertando minhas bochechas e deixando um beijo na pontinha do meu nariz.

— Obrigada.

— Essa saia está muito curta,parece uma puta andando desse jeito — Papai olhava-me com desprezo e fazia questão de mostrar seu desgosto,senti meus olhos arderem pelas as lágrimas e abaixei a cabeça encarando meus pés.

— José! — Mamãe olhou-o com o cenho franzido e expremeu seus lábios irritada.

— O que foi? Não está vendo como essa menina se veste igual a uma vadia de bordel? Você passa muito pano para ela Marta! Daqui a pouco ela aparece grávida e...— Mamãe o impede de falar quando joga o jarro de água gelada em seu rosto molhando toda a sua roupa.

— Ela e só uma menina,você não tem o direito de falar assim da sua própria filha!

— Sua filha! — Socou a mesa se levantando e jogando o jornal sobre ela — Filha minha não anda como uma puta para cima e para baixo!

Papai se retirou da cozinha bufando e mamãe veio até mim me abraçando enquanto acariciava as minhas costas dizendo que tudo vai ficar bem e para deixar que papai esfriasse a cabeça. Concordando com ela tomo o meu café e saio de casa com um desânimo maior do que quando acordei.

OBSESSÃO DO AMOR | #01 - SENDO REESCRITOOnde histórias criam vida. Descubra agora