Capítulo 15

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NARRADO POR RAFAEL

Não acreditei na voz que eu ouvi. Parecia um sonho. Sim, era ele.

-Ben ? É você mesmo ?

-Sim, sou eu bobão. Cheguei agora pouco e... queria fazer uma surpresa. Venha logo !

-Tá... Tá bom – comecei a imediatamente me tremer de tanto nervosismo. Não conseguia acreditar, o veria novamente. Primeiro daria uma bela bronca por ele não ter me contado que viria. Depois, mataria toda a saudade que sentia dele. Corri, vesti uma blusa, um sapato e sai, feliz da vida. Depois de quase 6 meses, o veria novamente.

MINUTOS DEPOIS

Comecei a procurar ele no aeroporto. O mesmo é grande, e alguns fãs do Barcelona ficavam me parando no meio do caminho, porém logo o encontrei. Estava lá, num canto, escorado no carrinho, me esperando. Não havia mudado nada. Os fios loiros pelo qual eu havia me apaixonado estavam lá, intactos. Quando ele me viu, um sorriso enorme formou-se no meu rosto. E no dele também. Ele veio andando em minha direção e quando se aproximou, me abraçou. Fortemente.

-Eu não acredito que estou aqui, com você ! - falou, enquanto me abraçava.

-Nem eu... - falei, sentindo levemente aquele cheiro que eu sentia falta – mas vamos matar a saudade depois, estamos num lugar público

-Ah é – falou, rindo. Começamos a andar, em direção ao carro.

MINUTOS DEPOIS

Mas bastou entrarmos no carro para ele me beijar. Como eu senti falta daquele beijo. Como eu gostava daquele beijo. Como eu queria experimentar novamente aquele beijo. Não conseguia acreditar.

-Estava morrendo de saudade de você ! - dizia eu, me separando levemente dele, para respirar.

-Eu... Eu também – falou, me abraçando novamente. Meu coração estava acelerado, meu corpo tremia de tanta alegria. Parecia que haviamos ficado sem nos ver por mil anos.

MINUTOS DEPOIS

Ele olhou a minha casa com surpresa.

-Você mora aqui ? - perguntou, enquanto o carro se aproximava.

-Sim. Porquê ?

-Ah... Não é muito grande para você ?

-Não. É no tamanho certo... Acredita que eu mobiliei tudo a seu gosto ?

-Como assim ?

-Não sei explicar. Eu comprei todos os movéis e só quando cheguei em casa foi que percebi que era tudo parecido com as coisas que você gosta – ele riu.

MINUTOS DEPOIS

-Esta é a minha casa ! - dizia, abrindo a porta para que ele entrasse

-Você comprou ?

-Não. Apenas aluguei. Não creio que vá passar o resto da minha vida aqui, então...

-Sim, entendo – meio timído, ele entrou.

-Como vai o Brasil ? - falei, indo a cozinha para pegar um café para ele.

-Do mesmo jeito de sempre. Muitos escândalos, mas todos nós estamos bem.

-Que bom. E o nosso time ? - falei, voltando para a sala e entregando a ele o café.

-Muito bem também. A diretoria tá tendo alguns problemas para evitar desmanche, mas tá fazendo o melhor que pode. E, eu tenho jogado bem.

-Eu sei. Assisto todos os seus jogos – falei, bagunçando levemente o seu cabelo – estava com tanta saudade de fazer isso... - eu estava morto de saudades dele.

Futebol é para os Héteros. Ou Não ? (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora