Capítulo 2

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Apolo

- Não acredito que você me fez pegar um vôo de madrugada. - Resmunguei, bocejando em seguida. - Maya vamos chegar em casa às seis horas da manhã!

- Para de ser fresco e anda logo. Podemos dormir quando chegarmos e falamos com nossos pais depois. - Minha irmã murmurou, usando o celular para chamar um carro.

Acabamos de sair do aeroporto e eu estou quebrado, odeio vôos. Não me dou bem com aviões e voar de madrugada piorou tudo, pois não consegui pegar no sono. Maya por outro lado...Minha irmã dormiu o caminho todo. O caminho até a casa dos nossos pais é um borrão, estou tão cansado que vou cochilando no caminho. Só acordo quando já estamos em frente a nossa casa.

Maya pegou algumas malas, mas eu peguei a maioria. Minha irmã e eu praticamos esportes desde cedo, mesmo que ela não tenha músculos definidos, ainda sim é muito forte. Ela também é alta para a maioria das mulheres já que tem 1,70. Eu sou cerca de dez centímetros mais alto.

Todos em casa estão dormindo, então eu apenas me joguei na cama do nosso antigo quarto e suspirei, doido para dormir. A verdade é que é estranho dormir aqui depois de morar sozinho com minha irmã...Talvez devêssemos usar um dos apartamentos que adquirimos com o tempo. Maya sumiu e eu tenho certeza de que foi trocar de roupa e arrumar as malas, mas eu não tenho a menor paciência ou disposição para isso agora.

Assim que sinto a cama afundar eu puxo a Maya para meus braços e minha irmã dorme com a cabeça em meu peito. Sempre dormimos juntos, desde que nascemos. Algumas pessoas não entendem isso e olham nossos hábitos com maldade, mas é ridículo...Quer dizer, nós dividimos o útero da nossa mãe. O que é dividir uma cama perto disso ? Ela é minha outra metade, ter um gêmeo é um vínculo inexplicável.

°°°

- Não acredito! - Escuto um grito e em seguida um peso em cima de mim.

Maya acorda assustada e eu também, demoro a assimilar que eu e ela estamos sendo abraçados pela Luna, nossa irmã mais nova. Eu começo a rir e a abraço também, logo a porta do quarto é aberta e eu vejo meus pais, Caleb e Gael entrando no nosso quarto.

- Luna ? Tudo bem ? - Gael chama e parece totalmente preocupado. Ele nos vê e suspira aliviado. - Achei que tivesse acontecido alguma coisa.

- Desculpe, amor. Está tudo bem. - Luna nós soltou e foi até o namorado, abraçando sua cintura e ele beijou sua testa.

- Ah, meu deus. - Observei nossa mãe arregalar os olhos e nos encarar com o rosto vermelho, querendo chorar. - Meus filhos estão de volta.

- Podiam ter avisado, eu teria ido buscar vocês no aeroporto. - Nosso pai informou.

- Queríamos fazer uma surpresa. - Ele beijou a minha testa e a da Maya.

- Também senti sua falta, mãe. - Maya murmurou quando Sophie a abraçou e começou a chorar. - Shhh...Não chora. Está tudo bem.

- Vem cá, Caleb. - Meu irmão se aproximou a passos lentos e então me abraçou e eu acariciei seus cachinhos.

- Senti sua falta, Polo.- Ele murmurou e eu sorri.

- Também senti a sua...Senti de todos vocês. Já faz alguns meses e parece que foram anos. - Ele assentiu e de encolheu em meu colo.

- Finalmente em casa. - Maya murmurou para mim e eu assenti.

°°°

- Como eu estou ? - Questionei e observei Maya erguer uma sobrancelha.

- Normal. - Ela deu de ombros e eu mostrei a língua. - Está um gato, melhor ?

Our Sweet Babyboy (Em Breve)Onde histórias criam vida. Descubra agora