Capítulo 30

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Severus entrou em seu quarto nos aposentos dos pais, ele só fica aqui quando está doente ou de férias e não quer ir para a casa de sua verdadeira mãe. Ellie é uma ótima mulher, mas nunca foi uma mãe muito amorosa, ela sofreu muito na mão do marido troxa e quando voltou para os pais acabou deixando que tratassem o filho dela como lixo.

O mestre de poções sentou na cama e bateu com a palma da mão no assento ao seu lado, com o objetivo de que sua filha se juntasse a ele.

Isabella sentou ao lado do pai e suspirou pesado, o homem passou o braço esquerdo por cima da filha e beijou seus cabelos.

— Como você está? - Severus olhou para sua filha que deu de ombros.

— Dolorida, mas bem.

O homem riu, até parece que estava com tanta dor assim.

— Isa você já recebeu mais que umas palmadas...

— Ela me bateu com cinto! - A menina acusou e o homem se calou, talvez sua mãe ainda soubesse disciplinar uma garotinha.

— Ok, depois cuidamos disso, mas agora eu quero saber sobre o Bullying. - O homem falou olhando para sua menina.

— Não é Bullying,eles só acham que você me favorece.

— Eles quem? - O homem exigiu e a menina sentiu seus olhos marejados, ela odiava falar sobre aquilo.

— Começou depois da primeira aula de poções com vocês, os sonserinos começaram a provocar e tals, mas depois eram todas as casas.

A menina se deitou na cama fechando os olhos e o homem suspirou pesado.

— Por que não me falou?

— Para que? para você fazer um escândalo na comunal da sonserina e todos ficarem me chamando de filhinha do papai? - Questionou cansada.

— Isa... - O homem tentou, mas a filha tinha razão, ele provavelmente pioraria tudo.

— Eu fiquei tão irritada com a fala de Ronald, eu pensei que eles eram meus amigos. - A menina deixou uma lágrima cair e o homem deitou ao lado da filha.

— Ele falou brincando com você Isa, mas mesmo assim ele foi bem castigado. - O homem falou e a menina lhe olhou nos olhos.

— Mas foi bem pior do que quando outra pessoa fala isso. - Falo sincera.

— Eu não pensei que eles iriam te tratar assim...

— Não é culpa sua, você não tem culpa que é meu pai. -Isabella falou deixando algumas lágrimas cair, ela odiava quando estava sensível.

— Mas tenho culpa de agir como um bacaca com a maioria, eu sou um pouco malvado, Isa. - O homem assumiu e a menina riu.

— Tá, talvez você seja um pouco malvado com os outros, principalmente com os grifinórios. Mas você precisa ser assim, poções não é um lugar para brincar. - A menina falou mostrando que entendia a forma que o pai agia.

— Exatamente por você entender tanto do assunto eu gostaria de saber por que respondeu a minha prova daquele jeito?

A menina suspirou pesado, sabia que uma hora ou hora eles teriam que ter essa conversa.

— Eu não estudei direito para o teste, estava com a consciência pesada. -Severus arqueou a sobrancelha olhando a menina que desviou o olhar.

— Sobre... ? -Ele sabia muito bem o porque, mas queria que a filha assumisse o erro.

Princesa mestiça 2Onde histórias criam vida. Descubra agora