Doeria como um filho da puta

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Passamos todas as noites juntos naquela semana. 

Uma noite, voltamos ao Pandemônio, e paramos na loja de música novamente. Magnus finalmente teve coragem de perguntar ao dono da loja como ele o conhecia, e ele disse que o orientou durante a faculdade.

Algumas noites eu trabalhei até tarde, e acabamos pedindo comida e relaxando no sofá, passando mais tempo conversando do que prestando atenção em qualquer coisa na TV. 

Fiquei surpreso ao saber que, uma vez que Magnus se decidia sobre algo, ele não tinha vergonha de seguir em frente, e isso era especialmente verdade, já que tínhamos deixado tudo bem claro entre nós. 

Se ele queria me beijar, ele me beijava. Se ele queria segurar minha mão, ele segurava. 

Eu amava o jeito que ele sempre queria estar perto de mim, ou me tocando, sua mão sempre fazendo contato, seja na minha cintura, no meu braço ou na minha coxa. 

E embora as coisas não tivessem progredido além dos nossos amassos noturnos, eu estava contente em mantê-lo assim pelo tempo que ele precisasse.

Eu estava mais feliz do que nunca tinha estado antes em minha vida.

Naquele fim de semana, quando perguntei a Magnus se ele estava pronto para uma aventura e ele respondeu com um retumbante "Porra, sim!", decidi nos dirigir uma hora para o leste, para um dos meus lugares escondidos favoritos. 

Enquanto subíamos a montanha, pensei na conversa que havia gerado a ideia em primeiro lugar.

— Estou aprendendo todas essas coisas sobre mim, mas ainda não sei o suficiente sobre você. – Magnus disse, enquanto se deitava no meu colo e eu distraidamente acariciava seu cabelo.

— E quando você saberá o suficiente?

— Quando eu souber tudo.

— Hmm. Isso pode demorar um pouco.

— Eu tenho tempo. – Ele respondeu com um encolher de ombros e um sorriso preguiçoso.

Me ocorreu então que, em vez de contar a ele as coisas que eu gostava, seria muito mais interessante se eu pudesse mostrá-las. 

E no meio do caminho para cima de uma das montanhas do Norte da Geórgia, estava um tesouro escondido, que começou em um estacionamento há muito deserto.

Quando entramos, Magnus baixou os óculos escuros e olhou ao redor do espaço negligenciado.

Ervas daninhas cresciam através de rachaduras no cascalho, e a única sinalização indicando que havia algo além dos arbustos excessivamente crescidos, era uma placa de madeira frágil pintada com spray com as palavras 'Não entrar'.

Magnus se inclinou sobre mim para olhar para o painel quando desliguei o carro. 

— Uh, ficámos sem gasolina?

— Não. É aqui.

— Defina 'aqui '.

— Você disse que estava pronto para uma aventura, certo? – Eu abri minha porta. – Vamos ter uma.

Magnus ficou parado.

— Eu sinto que um palhaço demente vai sair daqueles arbustos, e me cortar em pedaços com uma picareta.

— Não seja bobo. – Eu disse, tirando a mochila de comida e bebida do banco de trás. – Palhaços não usam picaretas. Eles mordem e te comem.

Não me esqueça (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora