Blood Traitor

Capítulo 6

GNOMOS

Hermione observou Draco recuar de volta à sala de jantar dando um passo para trás antes de se virar. O lembrete da condição de suas costas lhe deu algo em que focar.

"Eu acho que ele abriu algumas feridas nas costas", Ginny disse a Hermione, "Ele provavelmente é muito teimoso para admitir isso."

"Não é teimosia", Narcissa interrompeu, "os puro sangue são ensinados a nunca demonstrar emoções, pois é uma fraqueza".

"Isso é estupido", Ginny decidiu.

"Sim, mas é assim que é ensinado, infelizmente." Narissa concluiu.

Hermione pegou o frasco que o curandeiro havia deixado sem hesitar. Ron a observou ir para Malfoy sem outra palavra. Ele mordeu a língua para parar o comentário borbulhando na garganta. Lembranças de assistir Hermione chorar por causa do bullying que ela sofreu de Malfoy surgiram em sua mente.

"Vamos voltar lá para fora enquanto o tempo estiver bom", sugeriu Harry.

Ele podia ver a turbulência em seu melhor amigo e sabia que precisava se distrair muito rapidamente.

"O jardim precisa de ajustes", Molly forneceu.

Harry, Ron e Ginny se deixaram levar pela porta da frente em direção ao jardim. Narcissa aproveitou a oportunidade para explicar a Molly e Arthur que, se Hermione fosse a companheira de Draco, e ela o rejeitasse, ele morreria em seu aniversário de dezenove anos. Ela manteve a voz o mais quieta possível, para que Hermione não ouvisse.

>...<

"Sente-se", Hermione ordenou a Draco antes que ele pudesse desaparecer pela porta dos fundos.

Draco experimentou um momento de indecisão e reprimiu o desejo de fugir. Ele se sentou com cuidado e manteve os olhos na mesa à sua frente. Hermione estudou suas costas e rapidamente percebeu que o ângulo estava completamente errado para acessar toda a ferida.

"Isso não vai funcionar", ela disse em voz alta, "De volta à sala de estar."

Draco gemeu, "Eu preciso?"

"Harry, Ron e Ginny foram expulsos para arrumar o jardim; eles não podem assediar você."

Draco levantou-se obedientemente e virou-se para a porta que estava atrás dela, muito mais rápido do que Hermione esperava. Uma parede sólida do peito apareceu na frente de seu rosto antes que ela pudesse dar um passo para trás.

Draco sorriu com o som estridente que ela emitiu e pegou os cotovelos nas mãos dele.

"Hum, obrigada'", Hermione conseguiu dizer, "Você é rápido."

"Reflexos de quadribol", explicou com um sorriso convencido no rosto.

Hermione podia sentir o rubor queimando suas bochechas enquanto se afastava de Draco e pegava o frasco de poção de cura em cima da mesa.

"Pare de sorrir assim para mim", ela murmurou antes de voltar para a sala de estar.

Draco admirou as pernas e o traseiro dela antes de reorganizar suas feições na máscara desinteressada que aperfeiçoara bem antes da puberdade.

Molly tricotava em seu colo, enquanto Narcissa estava escrevendo em um pedaço de pergaminho. Arthur não estava por ali.

"De bruços no sofá", ordenou Hermione.

Draco desajeitadamente cooperou enquanto sua mãe assistia a interação deles com olhos afiados.

"Você abriu os cortes novamente", reclamou Hermione, retirando a varinha para remover o sangue.