Capítulo 10

3.4K 298 5
                                    

COMPARTILHANDO

Hermione não tinha certeza de como tinha sido eleita a pessoa a dizer a Draco que seu pai estava desaparecido. Aparentemente, ser sua companheira deveria protegê-la de seu temperamento. Ela havia dito aos outros que não era nada dele até que a Veela emergisse no dia seguinte, mas o resto da família não tinha sido convencido.

Ela carregou a poção de cura também, se ela realmente tinha que dar a notícia, que matasse dois coelhos com uma cajadada só e cuidasse de suas costas também. Quando estava na porta do balcão ela pensou que deveria ter trago uma tesoura, aquela blusa seria um problema.

Hermione bateu na porta do galpão e ouviu uma voz entediada convidando-a a entrar. Draco estava deitado de bruços, lendo um livro à luz de sua varinha.

"Oi", Hermione disse calmamente.

Draco largou o livro no colchão e rolou para o lado para vê-la sem machucar o pescoço. Os olhos dele a examinaram dos pés à cabeça.

"Olá novamente", ele cumprimentou casualmente, "Você está aqui para me causar dor?"

Hermione revirou os olhos para ele, "Provavelmente, considerando o estado das suas costas."

Draco voltou a ficar de bruços, mas deixou o livro onde estava, "Eu confio em você. Vou tentar não reclamar demais".

"Você reclamar?" ela zombou sarcasticamente, "Nunca"

Draco admirou o jeito que ela avançou para sentar no colchão sem hesitar. Ele podia imaginá-la encarando Comensais da Morte com a ousadia e imprudência que definiam um grifinório.

"Vou cortar o tecido que está em contato com a ferida", disse ela sem rodeios, "se você insiste em usar uma camisa, vai ter que ser essa depois que eu cortar," Ela respirou fundo, " Você é um idiota."

"Obrigado", Draco respondeu graciosamente, "Considerando todos os adjetivos que já me foram ditos, 'idiota' é quase um elogio."

Hermione balançou a cabeça e não lutou contra o pequeno sorriso. Ela fez um rápido trabalho com a camisa, cortando um quadrado grande ao redor dos ferimentos e usando sua varinha para costurar na borda para dar sustentação para o tecido.

"Eu tenho que separar a parte cortada da pele'", explicou ela, "isso vai doer como o inferno".

"Talvez você tenha algo para entorpecer a dor?" Draco sugeriu.

"Isso interferiria na poção que tenho que aplicar", ela discordou. "Além disso, você merece sofrer por ser tão teimoso."

Draco começou a responder, mas a sensação de carne sendo arrancada de suas costas interrompeu suas palavras. Ele agarrou as bordas do colchão e rosnou para o tecido do travesseiro sob o rosto.

"Desculpe", Hermione disse sinceramente.

Ela continuou a retirar delicadamente o pedaço da camisa e notou manchas de sangue seco nele. Quando pedaços de epiderme parcialmente curada foram arrancados, as feridas começaram a expelir sangue fresco. Como gotejava ao invés de jorrar, ela continuou.

Draco estava ofegante em sua luta para não gritar. As lembranças da noite anterior o perseguiram, trazendo de volta a fúria e o desamparo. Hermione o ouviu xingando Comensais da Morte com uma linguagem que teria o feito ganhar um tapa forte de Molly Weasley.

A parte da camisa estava finalmente livre, então ela a dobrou e a deixou no chão. Ela trabalhou rapidamente para incentivar o tecido mais profundo a crescer de forma acelerada. Depois que o feitiço foi concluído, ela aplicou a poção com movimentos firmes.

Blood TraitorOnde histórias criam vida. Descubra agora