Arthur
Não sei vocês, mas os dias têm passado rapidamente na minha concepção. Um dia é segunda e quando nos damos conta estamos na quinta, mal vemos os dias do mês correrem, o tempo entre um Natal e outro parece estar menor. Não acham? Pode ser isso ou o excesso de trabalho, amo o que faço, só que não sou um workaholic como meu irmão, gosto dos meus finais de semana livres e férias anuais. Prefiro pegar pesado durante a semana, inicio o dia sem hora para finalizá-lo, assim, posso desfrutar de um bom descanso nos finais de semana.
Hoje chego na empresa mais tarde, iniciei meu dia dando uma olhada na obra do Leblon e reuniões em dois bancos, o que me tomou a manhã inteira. Chego na construtora já procurando por Rodrigo, temos coisas importantes para resolver antes desse dia acabar.
— Ele está sim e pediu que assim que você chegasse, fosse diretamente a sala dele. Mas no momento ele está com Manu.
Assinto.
— Avise-me assim que ela sair. Meu café e agenda, podem ser agora – falo enquanto caminho para a minha sala.
Depois de algumas ligações, agenda passada e dois cafés, ouço vozes alteradas. Uma dessas vozes parece ser de Manuela. Merda! Levanto-me e saio da minha sala rapidamente. Encontro Maria Eduarda de pé ao lado de sua mesa, provavelmente pesando se deveria ou não entrar na sala do CEO da empresa, já que a gritaria está vindo daquela direção. O que esperar de Rodrigo e Manuela? É como colocar dois pitbulls revoltados no mesmo ambiente. Essa tensão sexual entre os dois está saindo de controle.
Olho ao redor e vejo que outros funcionários do andar e clientes a espera, estão olhando um para os outros, querendo saber o que se passa. Já perdi tempo demais, entro na sala e me deparo com uma cena de novela mexicana. Manuela com seus lábios inchados, provavelmente de um beijo e Rodrigo chocado com alguma coisa, provavelmente com... as lágrimas? Porra.
— O que está acontecendo aqui? Enlouqueceram? Dá para ouvir os gritos da minha sala que é no final do corredor – vou até Manuela que está bravamente tentando disfarçar. — Por que você está chorando?
Ambos me olham surpresos e Manuela é a primeira a responder.
— Nada, Arthur. Eu perdi a paciência com o Rodrigo por uma bobagem.
— Bobagem? – ele a corta, visivelmente irritado.
— Sim, bobagem. Se me derem licença, vou para o departamento pessoal fazer os remanejamentos.
Ela vira-se e caminha em direção a porta, antes que Manuela passe por ela, meu irmão a chama, sem sucesso. Rodrigo passa a mão pelo cabelo, xingando baixinho.
— Essa mulher me tira do sério.
Bufo debochadamente.
— Ninguém percebeu. Está tudo bem? – ele assente. — Qualquer coisa, chame-me – Saio dali balançando a cabeça. Meu irmão está perdendo a compostura facilmente. Se esses dois não se resolverem em breve, todos nós estremos ferrados.
Volto para minha sala e Maria Eduarda entra atrás de mim.
— O que houve lá?
— Acho que Rodrigo beijou Manuela e ela surtou.
Sua expressão que estava séria, tornou-se pensativa.
— E eu achando que os dois estavam se matando, literalmente.
— Isso tem nome, tensão sexual – pisco para ela e sorrio. Minha vontade é de beijá-la novamente para sentir seu gosto.
Até penso em levantar e a colocar sobre a minha mesa, só que a vida é injusta e meu irmão entra na sala impedindo meus planos.
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Para Ser Minha (Trilogia Dono de Mim - Livro 02)DEGUSTAÇÃO
Romans"Não recomendado para menores de 18 anos." Sinopse: Para Ser Minha narra a história do segundo irmão Alcântara e Castro, que descobre no BDSM um prazer inigualável. Arthur nunca pensou que o jogo de dominação poderia ser tão profundo e delicado, tam...