[Agora] A queda

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Os segundos pareciam séculos.

As águas do mar batiam violentamente em seu corpo, o açoitando contra as rochas, dilacerando sua pele, desintegrando, quando sua vida em um último esforço se esvaiu.

Ele já não sentia mais.

Não respirava mais.

Sucumbiu e naquela pequena, porém grande dimensão onde se separa os vivos dos mortos, na tênue linha que divida sua razão da emoção, lá estava ele revisitando detalhes de sua existência, seus conflitos e segredos íntimos.

Para Diego Ferri, a morte tornava-se uma experiência cada vez mais curiosa, pois mais do que ninguém, sabia que aquela era uma sina a qual carregaria eternamente.

Um oráculo disse certa vez, que a morte seria seu destino no momento em que desse abertura ao amor.

— Amor? — retrucou Diego em seu ceticismo habitual — Sou capaz de muitas coisas, mas... Não de amar. Não há espaço em mim para isso.

"Idiota!" — se insultava agora. Perdido e perturbado, acessava em sua memória toda a série de eventos que culminou naquele fim. "Aquela" fatídica noite de negócios. O começo e talvez o fim de tudo. 


A vida é um circulo, um ciclo, um circo.

A vida é um circulo, um ciclo, um circo

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