Prólogo

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Oi! Por favor não pulem essa parte, porque é importante para entenderem a raiz do desenvolvimento dos personagens, principalmente o Levi. É isso, boa leitura<3

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Levi se encontrava deitado no tapete da sala de barriga para baixo, balançando suas pernas de forma lenta. Usava um macacão jeans, uma camiseta branca e meias de dedinho, essas que adorava e sempre implorava para sua mãe comprar novas.

A mais velha, estava sentada no sofá de dois lugares assistindo sua série favorita enquanto fazia uma blusa de lã para seu filho, pois o inverno logo chegaria. A porta barulhenta da entrada foi aberta, logo seguida de passos.

O menor levantou rapidamente, sabendo do que se tratava, um sorriso genuíno se formou em seu rosto e correu em direção a porta.

- Titio Kenny! - Falou animado e levantou os braços para o maior.

Kenny mesmo exausto pelo turno longo do trabalho, deu um sorriso calmo e pegou o menor, que parecia recarregar sua energia usando sua simpatia.

Após Kuchel se separar do marido, foi difícil arrumar um emprego sem experiência e tendo que cuidar de Levi, então, seu irmão os acolheu. As coisas estavam complicadas, alimentar duas bocas com um salário mínimo e pagar as contas sozinho, não era fácil.

Mas, mesmo com isso, se sentia gratificado ao ver o sorriso de Levi ao receber sua fruta favorita ou um brinquedo novo, o mais besta que fosse. Apenas com sete anos era uma criança muito inteligente e prestativa, não gostava de doces e era educado.

O que lhe fazia ser adorado por todos os adultos que o conheciam.

- Oh, garotão! Eu trouxe melancia para você, porque foi muito obediente. Mas a Kuchel não vai comer! Porque ela foi mal criada hoje - Falou em um tom brincalhão

- Mas titio, mamãe tem que comer pra ficar forte - Falou fazendo um beicinho.

Kenny riu satisfeito com a resposta do menor, adorava o provocar apenas para ver seus biquinhos emburrados. Andou até a cozinha e colocou a melancia sobre a mesa.

Pegou uma faca na parte de talheres e tirou uma grande fatia da fruta e colocou em um pote, logo o dando para o menor. O colocou no chão, bagunçando seus cabelos.

- Vai lá, divide com a mamãe- Falou dando uma colher de plástico.

Levi correu até a sala e se sentou ao lado de sua mãe, mostrando o pote.

- Titio Kenny falou pra gente dividir!

[...]

Aos nove anos, Levi era o melhor aluno não só de sua sala, mas também de sua escola e tinha um comportamento impecável. Os adultos adoravam presentear o menor, apenas para escutar a forma meiga e educada que agradecia.

Kuchel não gostava muito dos presentes que seu filho ganhava, pois não queria abusar da boa vontade alheia, mas não conseguia negar.

Kenny começou a trabalhar em dois empregos, assim se mantendo melhor, mas acabando com seu tempo de lazer.

Em meio a uma tarde fria, Levi foi até o quarto de sua mãe, fazia alguns meses que tinha começado a dormir sozinho, mesmo indo de encontro ao cômodo sempre que tinha pesadelos. Sua mãe se encontrava na cama, bagunçada com as cobertas amontoadas, conversando com Carla, sua melhor amiga.

O menor segurava um livro de ciências, ansioso para contar o que aprendeu na última aula. Olhou para o rosto de sua mãe, fazendo ao máximo para ser notado.

- Mamãe!- Falou impaciente

- Calma Levi! Mamãe está no telefone agora.- Falou o olhando.

- É o papai?- Falou, fazendo seu sorriso desaparecer.

O Garoto ProdígioOnde histórias criam vida. Descubra agora