Nine.

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Levi gostaria de realizar o desejo de Eren, afinal, também ficava excitado só de imaginar aquelas expressões gostosas que o mais novo faz quando está perto de ter um orgasmo, mas precisava lembrar de sua mãe, que tinha acabado de chegar.

- Depois nós brincamos mais, hum? Deixo você fazer o que quiser - Falou se sentando e lhe dando um selinho.

O garoto então não questionou sobre e se espreguiçou, logo deitando do lado vazio e um pouco gelado da cama. Levi se levantou de forma desajeitada, ainda meio zonzo pelo orgasmo, se limpou e vestiu uma roupa qualquer, logo descendo até a cozinha.

- Oi mãe, quer ajuda?- Falou se aproximando

Kuchel que encarava o chão fixamente como se estivesse perdida em seus pensamento, levantou a cabeça, com um olhar desconfiado e um tanto sério, andando em direção a Levi.

- Hum, o que foi?- Falou Levi.

O garoto estava tentando não demonstrar seu nervosismo, afinal, era bem provavelmente que sua mãe estivesse apenas brincando e que não tivesse escutado nada estranho.

Logo a expressão da mais velha se tornou algo travesso, como alguém segundas intenções e uma leve risada abafada.

- Estavam dando uns amassados, né?- Falou gargalhando

O garoto fez uma expressão confusa, sem saber como responder isso sem se envergonhar mais do que já se encontrava.

- Argh, do que está falando mãe? Claro que não - Falou olhando pro lado

- Sei! Você sempre olha pra outro lugar quando está mentindo- Falou em um tom risonho.

Eren em seu tempo sozinho acabou ficando imerso em seus pensamentos sobre tudo que tinha acontecido até o momento, o que lhe incomodava profundamente.

A sensação desesperadora de querer fugir, mas saber que esse problema vai lhe acompanhar não importa para onde for era algo angustiante.

Sentia que precisava fazer alguma escolha, uma escolha que mudaria o repertório de seu futuro, e era amedrontador, afinal, ou daria muito certo, ou totalmente errado.

Eren se sentia cansado só de imaginar infinitas possibilidades de "finais ruins", ele sinceramente já não se sentia estável mentalmente para aguentar nada desse tipo, após os acontecimentos com Erwin, se sentiu cada vez mais vulnerável e cada vez mais inseguro sobre suas ações.

Tudo que ele fez, influenciado por suas próprias fragilidades, poderiam ter afetado e muito Levi, ele deveria ter sido mais cauteloso em suas próprias ações.

Não sentia vontade de chorar, nem de surtar, se sentia vazio de forma medíocre, como se estivesse conformado com seus pensamentos cabisbaixos.

Levi após se esquivar do assunto vergonhoso com sua mãe, voltou para o quarto com uma expressão boba e se sentou ao lado do garoto.

- Eren?- Falou o olhando

O Yeager se ajeitou e abraçou Levi, procurando um conforto em seu calor e seu cheiro, um conforto que só encontrava no carinho do seu Ackerman estressado.

Levi rapidamente percebeu o mau estar alheio, que era compreensível e acariciou sua cabeça, tentando o tranquilizar.

- Eren, quer ir tomar sorvete?- Falou calmo

O garoto assentiu a cabeça, parecendo um pouco mais animado com a idéia.

[...]

Os dois foram para o centro, atrás de uma sorveteria boa apesar de terem pouca noção sobre aquele lado da cidade.

O Garoto ProdígioOnde histórias criam vida. Descubra agora