Anthony se manteve em silêncio até chegarmos ao subsolo onde meu carro estava estacionado e continuou da mesma forma no caminho até o apartamento de S/n.
Ele não gostou nada quando o atendente do estacionamento me cumprimentou com camaradagem, percebendo que aquela não era a primeira ou segunda vez que deixava meu carro ali, mas não falou nada até eu apertei o botão do 304 na caixa de interfones.
- S/n, sou eu.- Ele falou apenas, lançando um olhar atravessado na minha direção.
- Pai?
- Sim, abra, por favor.
- O que o senhor... Ah, vou abrir.
- Aonde você pensa que vai? - Ele perguntou depois de entrar, vendo que eu o seguia.
- Se a minha vida será discutida lá dentro, tenho todo direito de participar.
- Não vou discutir a sua vida. Vou discutir a vida da minha filha.- Ele retrucou, tentando bloquear o meu caminho, mas eu apenas desviei e comecei a subir as escadas.
- Exatamente.
Bufando, Anthony me seguiu até o terceiro andar, pisando com força por todo o caminho. Quando bati à porta do apartamento, ele praticamente me empurrou para o lado, me tirando do caminho.
A porta à nossa frente se abriu e antes mesmo que S/n falasse algo, ela viu que seu pai não estava sozinho.
- O que...?- Foi então que seu olhar caiu sobre meu rosto que eu sabia estar começando a ficar roxo onde Anthony tinha batido.- Ai meu Deus! Pai, o que o senhor fez?!- Ela perguntou chocada, encarando o pai com o olhar arregalado enquanto me puxava para dentro.
S/n estava com a mesma roupa que eu tinha lhe deixado quando saí há pouco mais de uma hora e eu tentei esquecer o fato de que sabia que ela não tinha vestido sutiã por baixo daquela camiseta. Aquele não era o momento de pensar nisso.
- Eu estou bem, S/n.- Murmurei para ela, mas me deixei ser arrastado até a cozinha.
- Não está nada bem.- Ela reclamou olhando para o pai por sobre o ombro enquanto pegava um saco de ervilhas congeladas no refrigerador.- Você não podia ter feito isso, pai!
- S/a...
- Não me chama de S/a!- Ela gritou com ele o interrompendo. - Não vem tentar bancar o bonzinho depois de ter batido no meu namorado.
- Namorado? Ele é um velho, S/n!
- Ele é mais novo que você, Anthony. - S/n retrucou de imediato, fazendo seu pai recuar ao ouvi-la chamando-o de Anthony.
- Você não está mesmo me comparando a esse...
- Se você o ofender...
- S/n, não.- A interrompi num tom baixo, pegando sua mão na minha. - Vocês precisam conversar.
- Eu não vou conversar com ele. Quero que ele...- S/n se voltou direto para o seu pai, falando quase aos gritos agora. - Quero que você saia daqui. Agora!
- Você não pode estar falando sério, S/n.
- Ah, eu estou sim.
- Não faz isso, está bem?- Pedi novamente num tom baixo, atraindo sua atenção.- Converse com ele.
- Eu não quero.
- Por favor, pequena. Ele é seu pai.
- Ele te bateu!
- S/n, ele teve motivo para pensar que deveria agir assim. Nós dois sabíamos que não seria sempre fácil.- Seu olhar caiu para nossas mãos entrelaçadas, enquanto eu passava o polegar lentamente sobre a pulseira que tinha lhe dado e que ela não tirava mais.- Eu não vou me afastar de você porque alguém da sua família não me aprova, mas também não quero que você se distancie do seu pai por minha causa.
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𝖲𝖾𝗍𝖾 𝖬𝗂𝗇𝗎𝗍𝗈𝗌 𝗇𝗈 𝖯𝖺𝗋𝖺𝗂́𝗌𝗈 | 𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂́𝖽𝖺
Fanfiction𝗦𝗜𝗡𝗢𝗣𝗦𝗘: ʚ︎︎ Josh Beauchamp + I = Leitor (a) ♡︎ˎˊ˗ ꒰ 𝖮𝗇𝖽𝖾 𝖩𝗈𝗌𝗁 𝖡𝖾𝖺𝗎𝖼𝗁𝖺𝗆𝗉, 𝖾́ 𝗎𝗆 𝗁𝗈𝗆𝖾𝗆 𝖼𝖺𝗌𝖺𝖽𝗈, 𝖺𝖼𝖺𝖻𝖺 𝖾𝗇𝗏𝗈𝗅𝗏𝖾𝗇𝖽𝗈-𝗌𝖾 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖽𝖾𝗏𝗂𝖺 𝖼𝗈𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝖺𝖽𝗈𝗅𝖾𝗌𝖼𝖾𝗇𝗍𝖾...¡ ꒱ ˚. ©...