Lúcio, desesperado como deveria estar, acabou aceitando a oferta de Márcio para trabalhar como motorista, não apenas dele, da empresa como um todo. Qualquer funcionário que quisesse carona para qualquer lugar que fosse, ele teria que levar caso estivesse disponível, o que daria para ele um bom dinheiro.
Depois de uma semana, tudo ia ás mil maravilhas, deixando Marina e Luísa muito felizes.
- Fiquei tão feliz papai, quando o senhor decidiu ajudar o tio Lúcio. - sorriu ela, enquanto tomava o seu açaí.
- Eu precisava fazer isso né filha? Sempre ajudando os próximos. - disse ele, tomando o dele.
- Isso mesmo.
Depois de uns minutos, eles terminaram o sorvete e caminharam para a ONG que comandava, estava precisando passar lá depois de todo aquele tempo ausente, no hospital.
Ao chegar lá, encontrou-se com Leandro, o diretor da ONG.
- Olá Márcio, que bom vê-lo novamente. - sorriu ele, animado.
- Digo o mesmo para você Leandro, estou vendo que cuidou bem da ONG. - disse Márcio.
- Sim, mas nada é a mesma coisa sem você... E essa pequena? Como vai?
- Oi tio Leandro... - sorriu Marina, docemente.
- Faz um mês que te vi e você já triplicou de tamanho. Seu pai te deu o quê para você crescer tão rápido assim? Adubo? - riu ele e Marina soltou uma gargalhada.
Apesar de esboçar um sorriso de canto, pois por mais que visse em Leandro um homem íntegro, nunca gostou das piadas exageradas em momentos desnecessários que ele fazia.
- Sempre de bom humor... - disse ele.
- Vai lá querida, brincar com as outras crianças, estaremos aqui se precisar. - disse Leandro, colocando a pequena de volta no chão.
- EBA! - animou-se ela, correndo na direção de um mini parque que tinha ali perto.
Então, Leandro virou-se para Márcio.
- Bem, parece que tudo que lutamos está dando resultados senhor, venha ver. - ele falou, apontando o caminho.
Márcio andava na frente, olhando tudo o que ele tinha feito até então, vários viveiros de pássaros, araras azuis que estavam extintas, desde suas plantas cultivadas até ali, dentro das estufas gigantes que eram controladas através de um controle remoto.
- Estão bem maiores do que da última vez que estive aqui. - sorriu Márcio.
- Estão. Eu disse que tudo aqui foi bem cuidado, em nenhum momento deixamos de ficar de olho nas plantas e nos animais. - concordou Leandro.
Márcio deu uma olhada mais a fundo e viu alguns pequenos animais que resgatou, em cercadinhos, eram filhotes de chinchilas que foram salvas por ele quando ameaçadas por um gambá.
- Também crescem a cada dia, esse sistema de alimentação nunca falha. - disse Leandro, ouvindo a sirene tocar. Era a sirene que indicava que estava na hora das chinchilas comerem, então Márcio foi até a parede, apertou um botão azul e logo saiu a comida deles.
- Ótimo, continue assim Leandro. - disse ele.
- Pode deixar. Aliás, senhor, sei que não gosta quando fazem perguntas relacionadas à sua vida pessoal mas... O que aconteceu para o senhor sofrer um acidente? Digo, achei que tudo estivesse em segurança na sua casa, que o senhor tivesse conseguido dar um jeito para nunca mais se machucar.
- Não tem problema... Bom, é que o acidente não foi em casa. - explicou.
- Sério? Como assim??
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Homem Titânio
ActionGênio, bilionário, ativista e dono de uma empresa de criações inovadoras, Márcio Sterling poderia ser o homem mais feliz do mundo se não fosse por um único problema: seu esqueleto frágil que faz com que ele sempre quebre o corpo facilmente. Suas con...