11 - Capítulo Final

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Preocupado com a falta de comunicação de Karen, Márcio decidiu deixar de lado a busca pelo robô e ir atrás dela e resgatá-la, poderia estar correndo perigo. Mas, a mulher era esperta e, assim que levou o golpe de Adamastor, caída no chão, o seu comunicador não foi acertado, então ela o ligou discretamente para que Márcio ouvisse perfeitamente quando Adamastor disse que ele havia destruído sua vida.

Intrigado, pois não se lembrava de ter feito algo tão terrível assim para Adamastor, por sempre o considerar seu irmão, ele voou com sua armadura até o local onde eles estavam. 

Diferente de Karen, que chegou com cautela, Márcio entrou com tudo, principalmente ao avistar um buraco no telhado, onde ela estava.

- Cadê ele? - perguntou.

- Fugiu por esse buraco no teto. - resmungou ela.

- Desgraçado... Tudo bem, vai custar pouco pra arrumar isso, eu vou chamar a ambulância.

- Eles já estão vindo. Vá atrás dele, eu vou ficar bem! - ponderou ela.

- Mas você está sangrando muito! 

- Eu já estanquei o sangue! Vai logo! 

Desesperado, Márcio Sterling começou a voar novamente para fora da empresa, até que sentiu um golpe nas costas e perdeu equilíbrio no ar, caindo no chão da Avenida Paulista. Olhando para cima, finalmente, viu a armadura de Adamastor. E foi aí que ele percebeu que, embora fosse da mesma cor, alguns detalhes as diferenciavam, como o capacete, que era mais escuro e detalhes em verde que imitavam uma expressão demoníaca, juntamente com "orelhas" pontiagudas. Além de que ela era mais alta e robusta que a sua, e ele passou a se perguntar como ele conseguia voar.

- Aonde pensa que vai Márcio? - disse Adamastor.

- O que pensa que está fazendo Adamastor? - perguntou ele, incrédulo.

Mas Adamastor não teve tempo e responder, os policiais já haviam sido convocados por Nélio a perseguirem Márcio, assim, quando ele foi acertado, eles rapidamente puderam localizar a armadura de Adamastor e chegaram abrindo fogo.

- Afastem-se! Todos vocês!! - disse um policial para os pedestres que passavam por ali.

Logo, os policiais atiraram na armadura de Adamastor, que riu, pois eles eram muito tolos por acharem que as balas deles fariam um arranhão na armadura. Assim, ele pegou uma van que estava estacionada na sarjeta e a ergueu.

- Esses caras são tão tolos de achar que isso pode me parar! - debochou ele.

- Larga isso agora! - rebateu Márcio, se levantando.

- Você não manda mais em mim Márcio! Lembre-se disso! - disse ele, arremessando a van na direção das viaturas.

Márcio usou o propulsor da mão direita para lançar uma rajada na direção da van, fazendo a mesma desviar das viaturas e dos policiais que saíram correndo, para não serem acertados, por ela, que logo caiu do outro lado da avenida, ficando de cabeça para baixo, para sorte de todos, a van estava vazia. 

Uma multidão que estava refugiada na calçada, começou a aplaudir o ato heróico de Márcio.

Irritado, Adamastor jogou uma rajada ainda mais poderosa na armadura de Márcio, o fazendo acertar um carro estacionado atrás. Antes que Márcio pudesse se levantar, Adamastor voou até ele, o pegou pelos pés e o arremessou metros longe, o fazendo atravessar um prédio comercial cujas paredes eram feitas de vidro. Parando em outra rua, um caminhão freou tentando desviar dele, mas não deu, Márcio foi acertado e caiu metros para trás.

O caminhão logo ficou tombado de lado, o caminhoneiro, arrasado, saiu chorando do mesmo, pois ele estava atrasado para a entrega e agora havia ficado sem chances de chegar a tempo. Márcio viu aquilo e ficou comovido, mas Adamastor, cego pela fúria, o agarrou antes que ele pudesse chegar no solo.

Homem TitânioOnde histórias criam vida. Descubra agora