eu o amei com todo meu ser
mas todo meu ser não era o bastante
pra curar uma alma doente
e meu corpo
já não aguentava mais.o mais triste
é que eles se amavam
mas eram jovens demais
pra saber amar.o amor não vem com avisos
de gatilho
ele bate em sua porta
não se importa com míseros detalhes
essa é a injustiça do amor.você não é tão difícil de amar
quanto pensa que é.e se você soubesse
o quanto o sol e a lua
te amam.seja a razão pela qual alguém
vai fechar esse livro
e pensar
em você.soa genérico
eu sei
mas o amor não segue regras
ele não espera estar só pra amar alguém
ou mais de um alguém
ele não consta com idade determinada ou
planos bem definidos
ele é o mais organizado caos
que você vai ter o prazer de viver.se eu soubesse que o amor deixa sequelas
traumas
marcas
ciúme
não sei dizer se escolheria
ter amado menos.o amor é lindo
místico
maravilhoso
uma praga
que se agarra à você
e tem gosto de açúcar
até amargar
no céu da boca.é injusto
como ele está tomando meu lugar
em te fazer feliz
eu poderia estar lá
mas não sei em que ponto
errei a curva
e não me amou
como te amei.talvez eu seja um pessimista
e o amor seja lindo como dizem
mas não há quem o viva
e só veja graça em meio à destruição.toda guerra começava e terminava em seus lábios
que me abandonaram
não sozinho
porém abandonaram
por outros lábios
que quem sabe recitavam mais palavras de amor
do que eu."eu sou assim?
não, você tem gosto de amoras recém colhidas"
pra mim isso
é amor.odeio como é desorganizado
não conta com horários
qual o melhor momento pra deixar fluir
não
é sempre essa besta indomável
que toma o controle sobre nós
que tão acostumados com a coroa
aprendemos a nos negar
à se rebaixar.aprendi que amo muitos
como todos
claro
mas não só assim
nasci pra amar muitos
isso
mais de um amor
mas nem todos nasceram
para serem segundos amores.estou realmente me cansando
do amor
não do romantismo
mas do simples e infinito sentimento
de amar.você tem cheiro de rosas novas
ainda não abertas
recém plantadas
os pequenos botões
que clamam por cuidado
e amor.não aceite que chamem de amor
o que machuca
o que fere
o que te tira de si
não para outra realidade
mas para um lugar
onde tudo é medo e solidão.sinceramente
talvez eu só tenha medo
da dor
do ódio
do amargor
de sentir-se
amado.sempre há um recomeço
e você é meu toque de ar
fresco
que bate toda manhã
renova as energias
e me faz pensar
que talvez tudo não seja tão ruim.e realmente
eu vou desejar
nunca ter te conhecido
ou melhor
desejar
nunca ter lhe
amado.
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notas de amor aos vivos.
Poesíanotas de poesia sobre aqueles que vivem com quem decide morrer. Inspirado pelos contos de poesia do livro: Estranherismo -Zack Magiezi-, Notas de amor aos vivos.