00:00 the end

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Chego na polícia as seis da manhã. Sunset me acompanha, sem sair do meu lado um minuto sequer.

- Bom dia, senhorita Twilight. - cumprimenta o delegado. - Venha à minha sala, vai gostar de ver o que tenho para mostrar. - Caminho ao seu lado.

- Fico tão aliviada em saber que encontraram algumas casas.

- Olhamos pela região de Canterlot e pelas cidades vizinhas procurando exatamente o que você falou. Casas pequenas, em campos desertos e de fácil acesso com carro. - Entramos na sala e nos sentamos na frente de sua mesa enquanto o delegado liga o computador. - Fico ainda mais feliz em dizer que achamos vinte e uma casas nesse estilo.

- Vinte e uma? - a esperança começa a crescer.

- Sim. Está é a primeira. - Ele mostra uma foto em seu monitor de uma cabana de pedra com árvores ao lado.

- Não. Tenho certeza de que essa não é.

- Certo. Opção descartada. Vamos para a segunda.

A segunda é uma casa baixinha bem parecida com a casa que fiquei, com exceção do telhado.

- Está poderia ser uma opção, mas o telhado da casa é mais baixo.

- Certo. É importante que você fale as que são parecidas, pois muita gente que comete crime em casas assim pode fazer reformas para tentar impedir que façamos nosso trabalho.

O delegado me mostra mais algumas. As que eu falo que são parecidas ele guarda em uma pasta diferente das que eu rejeito imediatamente. Sunset segura minha mão enquanto faço o reconhecimento das fotos.

- Só há mais uma. - Ele vira o monitor para mim e sinto o reconhecimento pulsar.

- É essa!

- Essa é a casa? Você tem absoluta certeza?

- Sim, quer dizer, a pintura está diferente, mas tenho certeza que esta é a casa na qual fiquei presa por dias.

- Certo. Iremos mandar a perícia para o local reunir o maior número de provas possíveis.

- Senhor, se eu puder ajudar, tenho algo que pode ajudar. Uma pista oculta. Mas para ter certeza vocês precisarão abordar Adagio Dazzle.

- Como assim, senhorita Twilight?

Respiro fundo e começo a contar.

- Quando fugi, cravei um caco de vidro no braço da minha sequestradora para que o sangue fosse prova de que ela esteve ali. Conheço Adagio, sei que ela deve ter limpado a casa com o maior cuidado e se a perícia for lá não vai encontrar nada além de uma casa deserta, mas escreva o que eu digo, há resquícios de sangue dela na cena. Provavelmente depois que tudo aconteceu, ela foi direto para o carro. São informações que podem ajudar. Além disso, - entrego para ele um saco com o tênis que eu estava usando naquele entardecer. - Uma análise de solo poderia ser útil, caso isso não funcione.

O delegado fica em choque com as informações que jogo para ele.

- Certo, senhorita. Faremos o possível para reunir o máximo de provas. Entraremos em contato com novas informações.

•••

- Como assim ainda há sangue de Adagio na cena? - pergunta Sun. Estamos na praça de alimentação do shopping, passando o tempo enquanto esperamos o horário do filme que queremos assistir no cinema. O nome é "A Cor Púrpura".

- Sun, sangue é um material orgânico extremamente difícil de se desfazer completamente, ainda mais naquele chão de pedra da casa. O sangue entra e se espalha pelos mínimos buraquinhos porosos do solo. Tenho certeza que quando a perícia usar o luminol irão achar gotas de sangue dela, e podem comprovar achando também em seu carro.

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