Capítulo I : - O Acampamento

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O Acampamento

A vida é feita de altos e baixos. Todos temos sonhos, todos acreditamos em algo e todos queremos ser alguém.

Eu chamo-me Penélope, cresci em uma comunidade demasiada animada. Tinha vários sonhos assim como uma criança qualquer.

Queria ser Madre até que numa noite vi o sonho desabar. Ninguém podia me ajudar, eu ainda era somente uma garotinha de 7 anos, como pode alguém ser tão cruel assim?

Numa quinta-feira como de costume, as pessoas saíam para sentar a fogueira naquela região. Eu e os meus pais havíamos saído da cidade para acampar (os meus pais eram turistas). Longe de imaginar que aquele seria minha última experiência como turista sentamos a fogueira.

Eram histórias para lá, histórias para cá que eu me enchia de sono. Mal conseguia ver pois a fumaça entravam nos meus olhos causando assim uma pequena dor de cabeça.

A minha mãe levou-me a tenda, estendeu a minha caminha e deu-me um beijo na testa.

Mãe: - Durma bem minha princesinha mulatinha!

Penélope: - Obrigada Mãe!

Mãe: - Qualquer coisa é só chamar, eu e o Pai estamos ainda a fogueira com os restantes amigos.

Penélope: - Não te preocupes Mãe, podes ir.

Ela se foi e eu fiquei pensando no meu lindo e desejável sonho de ser uma Madre. Vestir aquelas roupas que me cobrissem o corpo desde a cabeça até aos pés.

Não me envolver com nenhum homem, ser pura em pensamentos e sentimentos, ser alguém diferente da modernidade. Viver em uma outra realidade e mostrar para todo mundo o lado bom da santidade, esse era o meu lindo sonho!

A temperatura começou mudar, o frio era intenso. Não dava para aguentar, tinha que chamar a minha mãe para aumentar o cobertor que só ela sabia aonde havia guardado.

Saí da minha tenda e senti muito frio, queria chamar minha mãe, mas também estava meio que apertada.

Fui em busca de um lugar seguro para mijar, mas que lugar? Se tudo estava escuro!

Decidi parar para mijar entre as ervas daninha que se enchiam pela aquela região e do nada ouvi um barulho e não sabia de onde vinha.

Assustada fiquei, até lagrimejei!

Preocupada perguntei!

Penélope: - Quem tá aí?

Perguntei novamente

Penélope: - Quem tá aí? - Vou gritar, quem tá aí?

Comecei chorar! Tive muito medo, tudo estava escuro.

«Minha Mãe Narrando»

Deixei a Penélope dormindo na tenda e fui me juntar aos demais. A conversa estava boa que nada mais se podia ouvir devido as gargalhadas.

As histórias eram engraçadas e simultaneamente emocionantes, o que as deixava mais divertidas.

Ser uma turista e ser muita bem recebida em uma comunidade desconhecida, deixava-me extremamente contente.

Eu podia ver a alegria estampada em seus rostos. Nem precisava questionar algo sobre o local que eles por si só já contavam-nos tudo.

Eles foram muitos solidários comigo e com o meu marido.

Tudo estava escuro e só havia uma luz no fundo do escuro e nós éramos essa luz.

«Meu Pai Narrando»

Estávamos muito felizes por estar naquele lugar sentados ao redor de pessoas que por si só transmitiam muita alegria.

Eu já tivera acampado muitas vezes, algumas vezes com a minha esposa, mas aquela era a minha primeira vez com a minha filha Penélope e isso me enchia de alegria.

Ver a minha filhinha gritando e saltando de dia como um pássaro livre para voar para onde bem entendesse me comovia, até que...

Uma Luz No Fundo Do EscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora