Capítulo II: - Até Que Aconteceu

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Até Que Aconteceu

...até que...

«Penélope Narrando»

Comecei chorar de desespero, não sabia o que fazer. Estava perdida.

O barulho aumentava e pareciam passos de alguém se aproximando de mim.

Penélope: - Mãe! (Gritei) e do nada alguém segurou a minha boca com tanta força...

Tentei morde-lá mas sem sucesso nenhum. Ele me pegou e me arrastou para o outro lado da mata.

Amarrou a minha boquinha de modo que eu não conseguisse falar, eu tentava gritar mas não conseguia.

Chorei fortemente, mas ele não se comoveu. Tirou as suas calças e eu na minha maior inocência não sabia o que estava prestes a acontecer, até que aconteceu.

«Meu Pai Narrando»

Até que me levantei para ir ver a Penélope.

Fui até a sua tenda bem devagar com a esperança de encontrá-la dormindo.

Era suposto a encontrar em sua tenda, porém não há vi. Voltei e questionei a minha esposa.

Meu Pai: - Mor, onde está a Penélope?

Minha Mãe: - Na tenda dormindo!

Meu Pai: - Na nossa tenda?

Minha Mãe: - Não, na dela! - Porquê perguntas?

Meu Pai: - Ela não tá lá...

Minha Mãe: - Não é possível...

Minha esposa levantou-se rapidamente de modo que os demais notassem que algo não se portava bem.

Corri juntamente com ela até a tenda da Penélope e não a encontramos. Fomos até nossa tenda e nada. Fui ver se ela estava numa casa de banho improvisada e também não estava lá.

A preocupação começou aumentar.

Tentei perguntar se alguém a tivesse a visto, mas sem sucesso nenhum.

Meu Pai: - Alguém dentre vós, viu a minha filha?

Os Demais: - Estávamos todos juntos aqui na fogueira, ninguém viu ou ouviu nada!

Minha Mãe: - Não é possível, eu a deixei dormindo bem aqui! (Falou chorando)

Eu estava bem preocupado com desaparecimento da minha filha, eu juro que não me perdoaria se algo de mal se passasse com ela.

Dividimo-nos em pequenos grupos para procurá-la entre a mata. Por causa do frio e o vento as trilhas se apagaram, não havia nenhum rasto de onde ela poderia estar.

Os Demais: - Como ela é?

Minha Mãe: - Ela é uma criancinha, mulata, com cabelos longos e cacheados! - Ela é loira...

Meu Pai: - Só tem 7 anos de idade...

Minha Mãe: - E chama-se Penélope!

Os demais acataram as suas características e fomos em busca de respostas sobre o seu paradeiro. Era gritaria para lá, gritaria para cá!

Os Demais: - Penélope! - Penélope! - Penélope...

Todos nós gritavamos o nome dela com esperança de a encontrar, a noite toda foi assim até que o líder da comunidade pediu que voltassemos a tenda porque a noite poderia ser perigosa.

Meu Pai: - Como o senhor quer que voltemos sendo que a nossa filha está desaparecida num lugar inseguro e escuro? (perguntei frustrado)

O líder: - Eu entendo a sua preocupação, mas garanto que vou delegar homens com mais experiências nesta mata para fazerem o trabalho durante essa toda noite.

O compreendi e voltei a tenda acompanhado da minha esposa que não parava de chorar em meus braços.

Minha Mãe: - Eu não devia tê-la deixada sozinha!

Meu Pai: - Não te culpes, não é culpa sua!

Minha Mãe: - E de quem é a culpa?

Meu Pai: - Esse não é o tempo de procurar o culpado, mas é o tempo para ficarmos juntos e unidos esperando que o zelador volte logo com boas notícias.

Entrámos na nossa tenda e acordados ficamos até ao amanhecer.

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