Capítulo IV: - Onde Tudo Mudou

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Onde Tudo Mudou

Já era crescida e formada, tinha que sair de casa dos meus pais e ver o que a vida poderia me oferecer.

Em busca de um lugar para ficar e morar, eu achei um lugar bem bacana. A zona era calma de dia, mas muito movimentada de noite.

Nos primeiros dias eu achei entediante viver ali, visto que tinha poucos vizinhos.

Numa sexta-feira saí para praticar exercícios físicos e foi aí que vi o porquê daquela zona aparentar ser calma de dia enquanto de noite ainda era uma criança.

Eu vi mulheres de quase todas as idades. Adolescentes, jovens, adultas e até algumas idosas, todas elas se prostituindo em busca do seu ganha pão.

Não eram só homens solteiros que procuravam por aquelas mulheres, mas também homens casados e até adolescentes eu vi.

Eu não entendia o porquê deles estarem naquele local, será que o país não apresentava outros meios de ganhar dinheiro?

Ninguém sabia ainda onde eu morava e naquela situação eu não podia contar aos meus pais, eles iam me mandar trocar de lugar, porém eu já me achava adulta o suficiente para tomar qualquer decisão que fosse sobre a minha vida.

Ver aquelas moças se relacionando com vários homens me deixou pensando sobre o meu estado civil. Ninguém me procurava, se bem que havia um antigo colega meu que sempre estive do meu lado e me apoiva em tudo que quisesse fazer.

Eu o tratava simplesmente como amigo não deixando que nada mais houvesse entre nós.

A minha juventude começou a cobrar-me, eu tinha que encontrar alguém.

Devido ao o que eu passei ao meus 7 anos de idade que por sua vez me impediu de me tornar Madre, eu achava que se  me relacionasse com pessoas muito mais velhas ganharia mais experiência na área.

Assim como aquelas moças que paravam naquele local em busca de homens, eu também comecei parar. Visto que o local era mesmo frequentado com enumeras pessoas.

Algumas até faziam e outras não o meu estilo.

Queria um amor na prostituição.  Queria uma luz no fundo do escuro.

No primeiro dia da minha estadia muitos jovens vieram conversar comigo, porém não tiveram sucesso, até que um me pareceu atraente.

A conversa com ele estava boa, confesso que ele tinha uma boa lábia, porém não era o meu estilo. Na verdade eu nem sabia ao certo qual era o meu estilo.

O convidei para que entrasse em minha casa e quando lá chegamos, ele começou a pegar-me e ordenando que eu dormisse com ele, pois alegava pagar-me ao término do serviço.

Penélope: - Eu não sou prostituta! (Gritei)

O jovem: - Então o que está fazendo aqui?

Penélope: - Eu vivo aqui...

O jovem: - E não é prostituta?

Penélope: - Sim, claro!

O jovem: - Deixa-me dizer-lhe algo, aqui é uma zona para se divertir, não para viver! - Todos aqueles moços vem aqui para satisfazer as suas vontades, agora a pergunta é, o que você veio fazer aqui?

Penélope: - Eu vim fazer a diferença, eu vim para iluminar este lugar...

O jovem: - E você acha que vai conseguir ser a luz no fundo desse escuro?

Uma Luz No Fundo Do EscuroOnde histórias criam vida. Descubra agora