Capítulo 7

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Josh Beauchamp

Eu não vou desistir da Any, não agora que percebi que estou apaixonado por ela. Nem conheço ela direito e já estou apaixonado por ela, o sorriso, o olhar dela, o beijo...

Eu beijei ela.

Ela me beijou de volta.

Sei que ela sentiu o mesmo que eu naquela hora, ela não quis admitir mas eu sei que ela sente algo por mim, só está um pouco confusa.

Eu vou ir na casa dela de novo amanhã, não vou desistir dela tão fácil, não consigo ficar longe dela.

Ela me mandou embora e agora eu estou sorrindo feito um bobo lembrando do nosso beijo, como ela ficou tão entregue a mim.

Foi perfeito.

Eu estou mesmo apaixonado por ela.

[...]

Me encontrei com os meninos e eles me deram a minha parte do dinheiro do roubo no baile, foi muito dinheiro, o suficiente pra eu pagar a primeira parte do tratamento do meu pai.

Estava amanhecendo e eu estou voltando pra casa agora.

Tento não fazer muito barulho quando chego, mas assim que fecho a porta e olho pra trás, vejo meu pai sentado na mesa, parecia estar me esperando.

- Onde você estava a noite toda filho? E que roupas são essas?- ainda usava as mesmas roupas elegantes que usei no baile.

- São roupas novas pro trabalho.

- Filho...- interrompo ele.

- Pai, olha isso.- tiro algumas notas de dinheiro colocando tudo em cima da mesa que estava na nossa frente.- E não é só isso, tem mais.- vou tirando todo o dinheiro que tinha nos meus bolsos colocando tudo em cima da mesa.- Precisamos guardar isso, onde está nossa caixinha?- começo a olhar em volta procurando a caixinha que a gente usava pra guardar nosso dinheiro. Acho que meu pai já tinha percebido o que eu estava fazendo, em nenhum trabalho eu ia conseguir tanto dinheiro assim. Pego a caixinha voltando até a mesa e começando a colocar o dinheiro dentro.

- Joshua, dinheiro desonesto não traz coisa boa. Filho, me prometa que vai devolver esse dinheiro.

- Não vou devolver nada pai, precisamos desse dinheiro, é pro seu tratamento. O médico pode não ter falado isso na sua frente, mas sei que você ouviu o que ele falou, você precisa ir pra Alemanha pra ter esse tratamento, precisamos de dinheiro pra isso.

- Joshua, eu sei que você...- ele para de falar começando a tossir, ele se aproxima de mim.- Filho eu sei que você quer me salvar, mas eu quero salvar você também. Devolva esse dinheiro, pare com tudo isso e eu prometo...

- Promete o que? Que vai ficar tudo bem? Você não pode prometer isso. Eu não vou devolver esse dinheiro, estamos precisando muito dele, seu tratamento é muito caro pai, será que você não entende? Eu não posso perder você.

- Sai da minha casa.

- O que?

- Sai da minha casa. Não quero nenhum filho ladrão, se você vai continuar roubando pessoas inocentes ótimo, mas saia da minha casa agora.- ele fala se aproximando e me empurra jogando a caixinha que tinha todo o dinheiro no chão. Ele começa a tossir.- Vai embora... e não volte aqui nunca mais.

Olho meu pai vendo que ele estava falando sério e não ia mudar de idéia. Suspiro pegando todo o dinheiro voltando a guardar nos meus bolsos e vou embora.

[...]

Tiro uma boa quantia da minha carteira e mostro pro médico.

- Esse aqui, é metade do valor total. Pode ligar pra clínica do Dr. Tyshler e providenciar tudo? Eu irei trazer a outra metade em breve.- o médico me olha e assente pegando o dinheiro.

Mesmo que meu pai não quisesse o dinheiro, eu ia pagar esse tratamento pra ele melhorar logo. Sei que o que não estou fazendo não é muito certo, mas meu pai é muito importante e quero que ele fique bem logo.

Depois que sai da casa do meu pai, voltei pro navio onde os garotos estavam, Alex deixou eu ficar lá, o tempo que eu quiser, os garotos também não pareceram se importar.

Já que era véspera de Natal, conseguimos roubar várias coisas, os meninos iam sair pra comemorar depois e me chamaram pra ir com eles, mas eu já tinha um compromisso, um compromisso que se chama Any Gabrielly.

Any Gabrielly

Estava sentada em uma poltrona na sala enquanto meu pai dava o presente que comprou pra minha madrasta, um colar de diamantes.

- Ah querido, eu amei, muito obrigada.- vejo eles de beijar e desvio o olhar voltando olhar a árvore de Natal.

- Filha?- olho meu pai quando ele me chama, vejo ele se aproximar.- Não quer experimentar seu colar novo?- ele também me deu um colar de diamantes. Ele pega o mesmo vindo pra trás de mim e coloca o colar em mim.- Ficou lindo em você.- dou um leve sorriso.

- Obrigada pai, ele é muito lindo.- me levanto da poltrona segurando as mãos dele, reparo que minha madrasta me olhava com uma cara séria, como se não tivesse gostando disso.

Minha relação com Tânia, não é das melhores, nunca gostei muito dela e nem ela de mim, da pra ver que ela não gosta de mim pelo jeito que me olha, como se tivesse sempre incomodada com algo em mim.

- Silvio querido.- minha madrasta se aproxima meio que se colocando no meio de nós dois, suspiro desviando o olhar.- Já o seu presente, vamos ter que ir lá fora.- ela sorri.

Vestimos nossos casacos e vamos lá pra fora vendo o presente que Tânia comprou pro meu pai, ela lhe comprou um carro, só existia três em toda a Rússia e ela comprou um.

Meu pai adorou, ficou até animado quando conseguiu dirigir ele.

- E pra você Any.- Tânia me olha e manda um dos empregados tirar meu presente de dentro do carro.- Uma nova casa pro seu bichinho peludo.- ela comprou uma gaiola, uma gaiola pro meu coelho. Suspiro forçando um leve sorriso.

- Obrigada Tânia.

Ela nunca gostou do meu coelho, ela odeia qualquer tipo de animal, por isso ela comprou essa gaiola, pra deixar ele preso e ela nunca mais se encontrar com ele fora do meu quarto.

- Tive uma idéia esplêndida, que tal irmos na missa de Natal com esse locomóvel?- Tânia fala.

- É uma idéia maravilhosa, né Any?- meu pai me olha dando um sorriso, me aproximo dele.

- Eu não estou me sentindo muito bem pai, acho melhor eu ficar em casa.- não estava com vontade de ir a missa hoje, então, contei essa mentirinha.

- Certeza? Quer que eu fique aqui com você?

- Não é necessário, pode ir a missa com Tânia, eu vou ficar bem.- dou um pequeno sorriso e ele concorda.

Eles entram no carro logo indo pra missa acompanhados por dois seguranças que iam em seus cavalos atrás deles.

Entro em casa indo direto pro meu quarto, pego meu coelhinho que estava perto da porta, sento em uma cadeira com ele no colo e pego um livro começando a ler enquanto fazia carinho nos seus pelos macios.

Na metade do livro escuto um barulho na minha varanda e olho pra mesma que estava com as portas fechadas, vejo uma sombra e me assusto, coloco meu coelho de volta no chão e me levanto me aproximando devagar da varanda, a porta é aberta e me assusto vendo uma mão, estava pronta pra gritar mas a pessoa entra e me fazendo eu suspirar de alívio e ficar confusa ao mesmo tempo.

- Josh!?


****


Eai? Gostaram?

Ron expulsou o Josh de casa :(

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Até o próximo capítulo.

Beijos - Lari

Cidade de Gelo • BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora