Ele estava sentado na mesa de Poseidon observando os outros pelo acampamento, era uma cena de paz, finalmente paz.
– Ei. – Annabeth deslizou para o lugar ao seu lado no banco. - Feliz Aniversário.
– O quê? – Ele a fitou enquanto ela segurava um imenso e disforme cupcake com cobertura azul.
– Hoje é dia 18 de agosto. É seu aniversário, não é? – disse ela.
E foi aí que ele percebeu, ele havia completado 16 anos naquela manhã, a profecia se realizara pontualmente.
– Faça um pedido – disse ela
– Foi você mesma quem fez? – ele perguntou
– Tyson ajudou.
– Isso explica por que parece um tijolo de chocolate. – Ele disse. – Com cimento azul extra.
Annabeth sorriu.
Após dividirem e comerem o bolo ela quebra o silêncio confortável:
– Você salvou o mundo.
– Nós salvamos o mundo. – Ele a corrige.
– E Rachel é o novo Oráculo, o que significa que não vai namorar ninguém. – Ela completa
– Você não parece desapontada. – Percebeu.
Annabeth deu de ombros.
– Você tem algo a me dizer, Cabeça de Alga?
– Você provavelmente chutaria a minha bunda.
– Você sabe que eu chutaria a sua bunda.
– Quando eu estava no Rio Estige, me tornando invulnerável, Nico disse que eu tinha que me concentrar em algo que me mantivesse ancorado ao mundo, que me fizesse querer parecer mortal. E eu vi minha mãe, Grover, Rachel, Tyson, mas eles sumiam rapidamente. Eu estava literalmente morrendo então eu ouvi uma voz dizendo 'lembre-se da sua linha de vida, idiota' - Annabeth solta uma risadinha, mas é possível ver o brilho no seu olhar, ela já deduziu o que ele queria dizer com isso. - Então, eu te vi e você me puxou pra fora. - Ele continua com um sorriso e um leve rubor nas suas bochechas. - Então, lá no Olimpo, quando queriam me tornar um deus e coisa e tal, eu pensei...
– Ah, então você queria. – Ela interrompeu com um sorriso.
– Bem, talvez um pouquinho. Mas não quis, porque pensei... eu não queria que as coisas ficassem as mesmas para toda a eternidade, porque elas sempre podem melhorar. E eu estava pensando... – ele pausa, sua garganta completamente seca.
– Em alguém em particular? – ela perguntou com uma voz extremamente suave.
Ele a encarou, ela estava tentando não sorrir.
– Você está rindo de mim – ele bufou fazendo um leve bico.
– Não estou, não. – Ela exclamou, mas com um sorriso se espalhando pelo seu rosto.
– Você não está facilitando as coisas. – Sussurra, mas ela o escuta.
Ela riu de verdade e passou as mãos pelo seu pescoço.
– Eu nunca, mas nunca vou tornar as coisas fáceis para você, Cabeça de Alga. Acostume-se a isso.
Então ela o beijou, ele passou as mãos pela sua cintura e teve a impressão de que o seu cérebro estava derretendo.
Eles poderiam ter ficado assim para sempre, mas uma voz resmungou:
– Já não era sem tempo.
De repente todo o pavilhão estava cheio de tochas e campistas. Clarisse os liderava, enquanto os bisbilhoteiros os pegaram e colocaram em seus ombros.
