05 | vaqueiro intrometido

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QUANDO VOLTARAM PARA CASA, já era hora de almoço e Wong não devia voltar tão cedo, mesmo que também tenham ido cedo. A Senhora Suh deixou uma porção guardada para ela depois tomar, além de que, jamais ela poderia perder aquela deliciosa comida.

Sua comida é muito deliciosa, Senhora Suh. Se eu pudesse, comeria todos os dias. — A mulher sorriu largo e continuaram a refeição, sem um pingo de conversa, diferente de ontem na casa dos Nakamoto. Anny não iria reclamar, pois estava habituada e achava estranho quando tinha mais conversa, mas isso era porque estava habituada ao contrário. Normalmente era só ela e sua mãe e algumas vezes com Wong, mas normalmente era silêncio enquanto viam as notícias, não tinha conversas longas.

— Johnny você foi aos cavalos? — Johnny acabou saltando de susto devido ao silêncio ter-se propagado. Anny também teve a mesma reação, mas conseguiu disfarçar.

— Sim, levei a Anny, já que a amiga dela saiu.

— Que bom, não quero que a deixe sozinha. Quero que elas vão espairecer e esquecer um pouco do habitual que costumam ter na cidade. Aqui é para aproveitar e quem sabe um dia não passam a viver deste lado.

— Amaria, mas meu trabalho é fixo. — A senhora Lee falou.

— Ora bolas, mas sempre que quiserem, podem vir, vamos adorar ter-vos aqui.

— CHEGUEI! — Um grito foi dado assim que a porta se abre e todos se assustaram. Beatriz Wong tinha acabado de chegar, logo adentrando a sala de jantar com tudo.  — Nossa que cheirinho bom. Eu quero comer também. — Se sentou perto de Anny e um perfume intenso invadiu as narinas da mais velha. Sabia bem de quem era aquele cheiro, além da roupa que ela possuía não era a mesma que tinha antes. Neste caso, apenas o moletom largo.

Deixa-me adivinhar, você vai tentar convencer-nos que seu irmão comprou o mesmo perfume do Seoho.

Ficou na cara?

Não era suposto você ir ver somente a nova casa da sua mãe?

E eu fui.

Você tem o cheiro do Seoho.

— Porque eu estive com ele também. Hendery parou lá depois de quase o matar. Ele disse-me que tinha uma coisa para me dar e adivinha, não foi só isso que eu ganhei.

Eu não acredito que você foi pegar o Seoho! — Por sorte, a mãe da Lee foi buscar a comida da garota, então somente estava a Senhora Suh e Johnny, que estavam comendo e não entendiam o que elas estavam falando.

— Ei, ei! Não foi nada disso! Foi aproveitar oportunidades.

— Sério, você não perde uma. — Pararam de falar quando a Lee mais velha voltou, servindo a sino-portuguesa que não demorou para começar a comer. Anny e todos os outros também retornaram com a refeição, e desta vez, conversaram só um pouco, já que Wong fez questão de contar como era a casa nova da sua mãe e ainda falou que seu padrasto era mais feio que seu próprio irmão.

[...]

Depois do almoço, Anny e Wong ficaram na sala, já que não tinham nada para fazer e Wong tinha também tomado banho, então, naquele momento, fazia tranças boxer em seu próprio cabelo sem precisar de espelho, de tão habituada que já estava de fazer em seus longos cabelos.

— Já que eu sou uma cusca e só lembrei agora de perguntar, o que fizeste enquanto eu tive fora? — Falou assim que terminou uma delas.

— Pelo menos não transei e cheguei em casa a cheirar ao homem com quem transei. Com certeza até a minha mãe deve ter ficado desconfiada. — Lançou, mas apenas porque amava se meter com ela. Pouco lhe importava se ela ia dar uns pegas no homem e voltar. Desde que não a abandonasse ou a trocasse — que era um pacto delas, pois primeiro estava amizade e depois macho na amizade duradoura delas e até mesmo feita a promessa de mindinho — Anny deixava ela facilmente ir dar umas bitoquinhas. Acreditava também que eles poderiam namorar então ficava feliz de ver a melhor amiga feliz.

Cowboy | johnny suhOnde histórias criam vida. Descubra agora