Como você está, humanidade?

Capítulo 1:

Faz 5 dias que os céus estão decepcionados conosco.5 dias em que as nuvens só derramam lágrimas em desapontamento com o que nos tornamos. É a única justificativa do porquê chove fora de época.

Sabe, às vezes eu penso que a raça humana é como um vulcão. Ele está lá, inativo, parece inofensivo e calmo, mas se você chegar muito perto, ele pode, a qualquer momento, explodir. Te destruir e destruir tudo o que estiver ao redor. Por que é isso o que fazemos, certo? Destruímos tudo. É como se nascêssemos para isso. Acontece naturalmente. É algo inevitável. Isso, é o significado de humanidade, para quem ainda não sabe e nem é algo que está no dicionário, mas que deveria estar.

A chuva se confunde com minhas lágrimas me pergunto como foi que paramos aqui, já sabendo da reposta: nascemos com a resposta disfarçada de destruição, dedos que se confundem com gatilhos, palavras que se armam e ferem mais do que facas afiadas. O mundo é algo incrível, era. Ou foi algum dia. Não sei. Nas nossas tentativas de tornar o planeta em algo grandioso o tornamos em algo feio. Mas há beleza, não se engane. Você só precisa saber procurar. A vida não é ruim, você só tem que aprender vivê-la. Diz o outdoor pra massa de formigas entorpecidas pelos seus podcasts de teorias da conspiração. Os céus choram e ninguém se pergunta o que houve com a humanidade.