5.

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-O Kenma não tem interesse em quase nada, ele era bem quieto no fundamental e com o time de vôlei ele ficou um pouco mais sociável. Mas mesmo assim, ele escolhe no dedo quem vai ter sua atenção- Akaashi disse enquanto Bokuto buscava algo para eu beber.

-Eu acabei de conhecer ele, nem sei porque estou tão...-comecei a falar mas não sabia como terminar a frase.

Eu não fazia ideia de como estava.

-Interessada?- Akaashi disse sorrindo

-Eu não sou boa com esse sentimento, na verdade eu sou péssima com qualquer sentimento- respondi baixo

-Ei, eu acho que você está pensando demais, Hina-Chan- O moreno disse tocando meus ombros para me deixar mais tranquila- Só veja onde vai dar, tente não fugir...seja sincera com você mesma. Se permita fazer as coisas.

-Foi o que você fez?- perguntei me referindo a ele e Bokuto.

-Ah- Akaashi ficou vermelho.

-Me desculpa, fui muito indiscreta?- comecei a surtar e pedir um milhão de desculpas para Keiji.

-Está tudo bem, Hina-Chan. Não é novidade meus sentimentos pelo Bokuto-san...

Akaashi olhou para entrada vendo Bokuto e Kurro rindo um da cara do outro, Bokuto parecia um idiota e gargalhava como uma criança. Olhei para Akaashi que estava com os olhos brilhando só de olhar para ele, vendo amor naquele ser vivo com cérebro de minhoca.

-Eu sentia medo no começo, tinha um sentimento novo tomando conta de mim e eu não fazia ideia se ele sentia o mesmo. Mas ao mesmo tempo era inevitável não me apaixonar por ele, eu nem tive como recuar- Ele sorriu mais uma vez vendo o platinado vir em nossa direção- Bokuto-san é apaixonante.

Sorri agradecida pelo seu conselho, tinha realmente me deixado menos paranóica com as intenções de Kenma, resolvi seguir seu conselho e só deixar acontecer. Akaashi é calmo e sereno enquanto meu amigo era a definição de hiperatividade, o amor é cego mesmo.

Afinal, Akaashi Keiji era a pessoa perfeita para Kōtarō Bokuto e ninguém podia negar aquilo.

-Aqui está, Princesa-Bokuto disse me entregando um copo de vodka com energético.

-Obrigada, Kou- Respondi usando nosso apelido de criança em forma de agradecimento pela bebida.

Ele sorriu e piscou para mim, e eu sorri de volta. Ficamos rindo e bebendo por mais algum tempo, apenas colocando conversa fora e esquecendo do mundo lá fora.

Eu via Kenma pelos cantos, sempre acompanhado de Hinata e outra garota que parecia não deixar os dois em paz. Nossos olhares se encontravam de vez em quando, e eu sentia meu corpo inteiro estremecer com a intensidade que ele me observava.

Acordei dos meus pensamentos quando meu telefone começou a tocar, peguei o aparelho e fui para o banheiro atender.

-Mãe?- disse baixo

-Mahina, é você?!- ela disse com a voz arrastada.

-Sim mãe, é meu número. Precisa de alguma coisa?- disse um pouco tensa.

-Preciso do meu filho, eu quero meu menino de volta- ela disse aumentando o tom de voz.

-Mãe, você sabe que perdeu nossa guarda. Nos estamos com a vovó agora, a senhora pode nos ver com a autorização do juiz...-disse segurando as lágrimas- a senhora só precisa ir no tribunal e...

Antes que eu pudesse terminar a frase minha mãe começou a gritar comigo, dizendo que era tudo minha culpa e que ela não tinha que pedir autorização a ninguém para ver o filho. Desliguei meu celular sem me despedir e guardei de volta na bolsa, olhei no espelho do banheiro e forcei um sorriso. Já estava acostumada com aquilo, fingir que estava tudo bem e ser forte. Então forçar um sorriso no meio de uma festa era simples para mim.

Nobody like u | Kenma Kozume Onde histórias criam vida. Descubra agora