Notas Do Passado • Shivley Maliwal

24 - Notas Chantagistas

Oito dias de buscas. Oito dias de grande medo de nunca mais ver minha pequena.
Nunca mais ouvir sua linda voz de bebê, suas risadas nem suas queixas pelo chocolate quente estar quente demais.

A minha bebê, que saudade. Que preoculpação. Que infelicidade sinto junto a um aperto no coração. Fico me perguntando como alguém pode ter coragem de fazer isso.

Estou no quarto de Bailey, agarrada a um travesseiro. Ele foi à delegacia agora há pouco e disse que já voltava, agora o estou esperando.

Está todo mundo muito preocupado, o pessoal trabalha dia e noite em busca de pistas, Josh a está apoiando em tudo que precisa. Bailey não para quieto, está muito estressado a cada hora que se passa, ele fica indo e voltando da academia pra aliviar essa tensão dele. Todos os meus amigos estão em Abu Dhabi agora, porém todos muito tristes também, mas mesmo assim ainda mandam energias positivas pra gente.

Eu estou muito mal, não consigo dormir nem comer. Pedi folga a Theodor e ele disse que eu poderia tirar quantos dias precisasse até que achassem minha filha.

Todos os meus fãs tem me dado muito apoio também, juntamente a minhas irmãs. Elas estam comigo mesmo estando longe.
É engraçado que mesmo você tendo muito apoio de todos a sua volta, você só sente falta de uma pessoa...

No caso duas. Gostaria que estivessem aqui comigo mas isso já não é possivel.

Estou esperando impaciente por alguma notícia boa no meio deste quarto, que agora, comigo tão encolhida, percebi que é tão grande.

Meu celular está a alguns centímetros de mim, fico o encarando várias vezes à espera de que chegue uma ligação de alguém dizendo que a encontraram. Mas tudo o que recebo são no mínimo ligações de prestadora.

Eu parei de receber ligações daqueles números estranhos, quando tento ligar para um deles o número da como inexistente.

Ah! Estou no fundo do poço. Minha neném deve estar tão assustada. Não quero pensar em outra coisa, porém é muito difícil controlar os pensamentos negativos.

Me pergunto como, quando, onde, esse pesadelo vai passar. Eu sempre odiei dramas na minha vida, mas acontece que há momentos em que você se sente numa novela mexicana onde só á uma semana para acabar e acontece trocentas coisas de uma só vez e no final tudo se resolve.

Mas esse é o problema, na vida real não é assim.

Me sinto muito inútil ultimamente, minha filha corre perigo e eu não posso fazer nada. Meus braços doem mais que outra coisa, fiquei ontem a noite inteira acordada procurando alguma pista, algo que me pudesse levar até quem a pegou.

Aquela tal de garota... Maitê, nunca mais vi ela. Parece que evaporou junto a Jasmine.

Perdida entre esses meus mil e um pensamentos, escuto o aparelho do meu lado tocar e um número desconhecido brilha na tela. Atendi

— Alô. Quem fala?

— Olá Shivani. Sei que está a procurar a sua princesa. Não se preocupe, ela está bem. — a voz de uma mulher ecoa pelo celular

— Você está com ela? Onde? — gritei — O que fez com ela? — me desesperei

— Shhhh, ela está bem mas não sei se ficará assim por muito tempo... Então escute bem o que eu vou te dizer agora.

Engulo seco, acho que minha pressão caiu, me sinto tonta e ofegante, minhas mãos tremiam enquanto meu corpo inteiro gelou

— Você precisa me dar uma bela quantidade de dinheiro vivo para que eu possa libertá-la.

— Olhe, seja lá quem for seu problema é aparentemente comigo, então devolva minha filha. Ela não tem nada a ver com isso! Eu pago o quanto quiser, mas me devolva ela

— Claro que tem! Ela é sua filha. — ela riu — Esse é o preço que ela pagará se você não chegar até mim a tempo. Se arrependerá de ter arruinado minha vida. Você provavelmente não vai me encontrar.

Na mesma hora escuto a porta do andar de baixo ser aberta. Bailey ou Any devem ter chegado.

— Quanto você quer?

— 1 milhão de dólares. — pude sentir um sorriso cínico mesmo que sequer saiba quem é — Seja breve, querida. — desligou

Logo a porta do quarto se abri e vejo a pessoa que mais tem em dado força e partilhado a mesma dor que a minha.

— Baby... Voltei e com boas notícias. — Ele diz, eu ainda estou meio que paralisada com a ligação segundos atrás — Acharam onde fica a casa de onde as ligações são feitas e… — ele continua — Você está bem meu amor?

Ele senta na cama e acaricia minha bochecha de leve. Ele repete a pergunta: Você está bem?

Mesmo ele sabendo que a situação não é boa e não teria como eu estar bem, ele pergunta pra ver se eu respondo algo a mais que "não" ou "hm".

Porém rapidamente me toco do ele acabou de falar. Esse era o grande sinal! Acharam a casa, então iremos chegar ao suspeito.

Então eu balanço a cabeça positivamente, bom não estou "bem" porém agora com essas novas informações, podemos chegar a Jasmine mais rápido, então sim estou melhor do que há uma hora atrás.

— Ah sim? Está bem? — ele parece surpreso

— Sim... Mais ou menos. — abro um sorriso fraco — Eu... Descobriram de onde vem as ligações? Onde é?

— Sim, descobriram. Elas vem de um local em San Pedro, agora só basta os homens e vamos. Hoje a noite. Porém não sabemos se é nessa casa onde estão aprisionando Mine ou em outra, mas acho que se chegarmos lá acharemos alguma coisa.

— Bailey... Eu recebi uma ligação de quem pegou ela. Estavam me fazendo chantagens.

— Que? Como? Agora?

— Recebi uma dessas ligações hoje, agora pouco, a voz estava meio modificada mas me chamaram de querida. Deu pra ver, escutar que era uma mulher. Ela quer 1 milhão de dólares por Jasmine. Bailey, eu daria toda a minha fortuna pra ter ela aqui.

— Eu sei. Eu faria qualquer coisa. Se eu pudesse, trocaria de lugar com ela.

— Não seria bom também. Mas eu sei do nosso desespero.

— Prossiga… ela falou alguma coisa a mais?

— Não. Estou mais agitada do que estava antes agora…

— Okay. Vamos ver isso. Olha pra mim… — ele segurou meu rosto para cima — Vai dar tudo certo.

— Assim espero. — Bailey deu um beijo em minha testa e me confortou em seu abraço forte.

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MARATONA DESAPARECER 4/6

Preprarem el corazón porque é só bomba a partir de agora

Bjs e obrigada por ler.

Votem e cometem🌌