I - Descoberta

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'Doze forças, doze poderes, doze pessoas... Essas doze pessoas não devem se separar ou coisas horríveis podem acontecer...'

Lilian estava sentada num dos vários bancos do parque em que costumava encontrar-se com os seus amigos, enquanto via a sua irmã mais nova rir em meio aos amigos dela. Enquanto observava a irmã, Lilian pensava no quão diferentes elas eram. Não era apenas a nível físico, mas até mesmo na forma de agir e na escolha das suas amizades. As duas eram praticamente o oposto uma da outra. No entanto, uma coisa era garantida! Ninguém conseguia separá-las. A ligação que as duas irmãs partilhavam era tão forte, ao ponto de elas colocarem a outra à frente de tudo e todos!

A mais velha ainda estava a olhar para a irmã, quando começou a sentir uma leve brisa a aumentar aos poucos. E o mais engraçado – talvez, não tão engraçado assim – era que o vento estava a ir apenas contra ela e não contra as coisas à sua volta. Parecia até que alguém estava a fazer de propósito. E por acaso até estavam! Quando Lilian olhou para trás, percebeu que os seus amigos estavam a aproximar-se, sabendo exatamente quem era o responsável.

- Pára Scott. – A rapariga pediu, levantando-se do banco a rir, enquanto esperava que os rapazes se aproximassem.

- Já chega Scott, deixa a Lili em paz. – Lucas, um dos amigos da rapariga afirmou, mostrando um sorriso para a amiga, que lhe sorriu de volta.

- Está bem, parei! – Afirmou Scott, parando de usar o seu poder contra a amiga. Assim que o vento parou, Leonard aproximou-se da rapariga, dando-lhe um simples beijo na testa, como forma de cumprimento. Nenhum dos rapazes cumprimentava a Lilian da mesma maneira que o Leonard. E isso estava claramente ligado ao facto dos dois serem primos.

- Oh, a Mag está com os amigos dela? Vocês são tão diferentes! – Noah exclamou, sentando-se no banco que Lilian estava sentada. Quando Lilian olhou para a irmã, percebeu que a mesma estava a abraçar o seu melhor amigo, Mark.

- Primeiro, nós não temos os mesmos gostos. Segundo, não somos obrigadas a ter os mesmos amigos. E terceiro, sermos gémeas não quer dizer que temos que ser parecidas! – Lilian pediu, começando a rir quando percebeu que os rapazes estavam a rir da resposta que ela tinha dado. Apenas o Noah é que não estava a rir, aparentando estar chateado.

- Se não tivesse uma resposta destas não seria a Lili! – O Felix disse, provocando ainda mais risos do grupo. Quando conseguiram acalmar-se, Lilian abraçou o amigo e pediu desculpas por ter respondido daquela maneira. A rapariga ainda pediu para o amigo não ficar chateado, mas a verdade é que o Noah não conseguiria ficar chateado com ela por nada.

- Ninguém aqui tem fome? Podemos ir para o café do costume e comer alguma coisa! – Lilian voltou a rir, quando ouviu aquilo. Como sempre, o Valtore era o esfomeado do grupo.

- Sim, vamos para o café. Eu tenho fome. – A rapariga disse como se estivesse a imitar um bebé, largando o Noah e colocando-se ao lado do Valtore. E para tornar as coisas mais fáceis para os dois, ela ainda fez o seu biquinho mais adorável, o que causou risos de alguns do grupo.

- Bem, se esse aí não estivesse com fome era porque estava doente. – Alfonse, o mais velho daquele grupo, afirmou rindo. No entanto, ele parou de rir no momento em que a Lilian mostrou-lhe a língua. – O que queres que faça com isso? Não tenho uma tesoura, mas talvez parta se congelar. Queres tentar? – Após aquela sugestão, a maioria dos amigos esforçou-se para prender o riso, se bem que ainda teve uns que começaram a rir sem se importarem de esconder.

- Não, a minha língua está bem aqui na minha boca. – A Lilian respondeu, olhando para os idiotas que estavam a rir. – Dá para parar de rir, idiotas? – Assim que ela fez aquela pergunta, os rapazes pararam de rir, percebendo que tinham irritado a amiga.

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