Dramaticus Memoriae: Taehyung?

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DRAMATICUS MEMORIAE
T a e h y u n g ?

"Invadida da minha escuridão,
Dançando descalça e nua ao som da música,
Balançando com a brisa névoa a canção,
Que me despedaça e quebra em solidão,
As notas afinaram para lá da minha verdade..."

"Para lá dos sentimentos outrora contidos,
Agora espelhados num chão que calco,
Esmagando em pedaços de vidro,
O que outrora fui e alberguei,
No coração que giro a morte que tomei.

Já não há melodia que me desvende,
Pois eu já não conheço mais o amor,
Agora derramo no meu sangue,
Espesso e sem cor!
O veneno da amargura e dor!

E morri! Com lágrimas de sangue,
Que preencheram o meu rosto,
Esvaziando o meu corpo,
Da essência que mantinha a luz ténue acesa em mim,
Virando num cemitério o que em tempos foi o meu jardim..."

— MARLENE,
Morte da Alma

*

Esta memória abrange cenas fortes com conteúdos considerados, psicologicamente, abusivos e suicídas.

C o m e ç o s

Kim Mina não poderia pedir por uma vida melhor...

De manhã ela acordava...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Acordava Taehyung...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Preparava o café...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Levava o filho para a escola e ia trabalhar...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Voltava, buscava Tae, deixava-o em casa e ia buscar O Marido no bar...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Chegava em casa, era educada pelo Marido, fazia amor, preparava o jantar, comia e ia dormir...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Acordava de madrugada: falta de ar... respiração falha... coração disparado... checava o bem-estar de Taehyung...

(falta de ar) (respiração falha) (coração disparado)

Sentava-se no sofá e roía a unha até arrancar a pele. Voltava, checava o bem-estar de Taehyung, arrumava a casa, pela milésima vez; sentava-se no sofá, roía unha até arrancar a carne, checava o bem-estar de Taehyung... não olhe!

Como disse: ela não poderia pedir por uma vida melhor. Tinha comida, um teto sob a cabeça, dinheiro e uma família que a amava. Não poderia estar melhor, não é?

The Sin of the WitchesOnde histórias criam vida. Descubra agora