Poppy:
Tronco estava se distraindo muito fácil, ele progrediu um pouco, mas ainda assim não mostrava muito interesse. Parecia uma criança birrenta interessada somente em saber as letras dos nomes dos pais pra poder escrever depois.
Poppy: Tronco!! Preste atenção!
Tronco: Blá, blá, blá! "A, b, c, d!" Blá, blá, blá! "Ba, be, bi, bo, bu!" Foi só isso que ouvi! Eu cansei!! Por que não me ensina logo a pronunciar o...o...
Poppy: "G", "r" e o "a"?
Tronco: Isso!
Poppy: Não é fácil assim! Você precisa aprender o resto também.
Tronco: Pra quê?
Poppy: O nome do seu pai começa com "r" e "o".
Tronco: ...
Poppy: E, talvez você queria escrever para alguém.
Tronco: Como assim?
Poppy: Tenho certeza de que tem família lá fora. Não sente falta deles? Talvez queira escrever pra alguém. Pra isso você precisa ter paciência pra aprender. Eu posso deixar a carta no correio ou entregar pessoalmente.
Tronco: Família?
Poppy: É... Seus pais não te visitam?
Tronco: ...
Mordi a língua. Me lembrei do desenho, tinha um "x" feito de sangue no desenho da mãe e do pai de Tronco. Será que...eles morreram?
Poppy: Seus pais...estão vivos?
Tronco: Não os vejo mais.
Poppy: Por quê?
Tronco: Eles foram embora. É tudo o que vou dizer.
Poppy: Ah... Ok...
Tronco: Mas eu...quero...
Poppy: Quer...?
Tronco: Eu quero...escrever pra eles.
Sorri.
Poppy: Muito bem! Então vamos lá!
Agora sim tivemos progresso. Tronco conseguiu aprender mais rápido agora que realmente estava interessado. Consegui ensinar o alfabeto inteiro, ele tomou os remédios sem fazer birra e não gritou comigo nenhuma vez. Será que ele está começando a confiar em mim? Antes do relógio bater, eu guardei minhas coisas rapidamente.
Poppy: Eu tenho que ir agora, estude pra não esquecer!
Tronco: Tá, tá!
Sorri e saí antes dele ter um surto por causa do relógio.
Tronco:
Poppy me deu algumas folhas e um lápis pra ir treinando a escrita. Eu queria fazer desenhos na parede mas ela disse que eu gastaria o lápis todo.
Voz 3: A Poppy é uma ótima troll. Vocês estão se dando muito bem!
Sorri de lado.
Tronco: Sabe bem que estou agindo assim pra ela achar que eu confio nela... Mas logo, quando aquela trollzinha começar seu trabalho noturno, eu vou me divertir de verdade!
Segurei firme o lápis, quase o quebrando ao imaginar os gritos e expressões de terror que Poppy faria ao me ver com um sorriso maníaco no rosto, segurando uma faca suja de seu sangue, correndo atrás dela. A ponta do lápis quebrou.
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Hospício
FanfictionPoppy começa a trabalhar em um hospício, em seu primeiro dia, ela conhece seu paciente: um troll azul chamado Tronco. O troll está na fase "b" da doença. Poppy queria ajudá-lo, mas Tronco só dificultava as coisas. "O troll azul olhava para frente e...