Vá embora, Park!

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Depois do dia do parque Jimin ficou ainda mais próximo de mim sem eu nem saber que isso era humanamente possível. Todos os dias ele vinha me ver, mas agora eu ganhava selinhos e mais selinhos dele. Confesso estar me derretendo cada vez mais por causa dele.

E agora nós estamos em um consultório médico para que eu tire o gesso do pé. Confesso que estou nervoso e com dor, mas com ele segurando minha mão me sinto muito mais tranquilo. Quando o médico pegou meu pé para tirar o gesso admito que doeu, mas Jimin começou a acariciar minha mão. Sou uma pessoa até forte para dor, mas depois de um mês com essa tala no tornozelo é normal sentir dor. Pelo menos eu acho.

"Pronto!" O médico disse, me deixando mais aliviado. "Consegue ficar em pé?"

Levantei apoiado em Jimin, pisando lentamente com o pé machucado e ficando feliz por conseguir, assentindo para o médico, que sorriu. Botei meu calçado e saí de lá com Jimin, com o braço entrelaçado ao dele e sorrindo por ele não ter problema de andar em público assim comigo.

Chegamos ao carro e adentramos o mesmo, sentei e coloquei o cinto de segurança enquanto Jimin fazia o mesmo e logo ele me encarou, ficando com os olhos fixos em mim de uma maneira que estava já me fazendo sentir as bochechas queimando.

"O que foi?" Fiz em sinais, recebendo um sorriso que quase me derreteu por completo.

"Nada, você que é lindo demais e eu não consigo parar de te olhar. Só isso." Eu já disse que eu amo o Jimin? Porque eu amo.

"Eu amo ouvir sua voz." Fiz sinal, ele sorriu mais uma vez. "É doce, é sutil. E eu amo coisas doces e sutis."

"Você disse isso esses dias sobre os selinhos que te dou. Ama eles também?" Tenho certeza que corei em mil e quinhentos tons de vermelho depois dessa. "Já pode fazer cosplay de morango, Jeon."

"Para, por favor." Pedi, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha mais uma vez.

"Só se me der um beijo." Ele pediu e eu rapidamente me estiquei e o dei um selinho. "Não, Kookie, um beijo de verdade."

Simplesmente travei ao ouvir isso e mais uma vez no dia ele sorriu, de uma forma tão linda que eu queria ficar o encarando para o resto da minha vida.

"Não precisa ser aqui." Piscou para mim e ligou o carro.

Jimin ainda me mata, isso é fato.

O caminho foi silencioso, exceto pelo rádio onde tocava algumas músicas legais. E aquele percurso nunca pareceu tão longo. Talvez esteja ansioso, talvez esteja nervoso, e talvez esteja tendo um ataque. Mas são apenas suposições, eu juro.

Chegamos em casa e saímos do carro, adentrando a residência em seguida. Fomos diretamente para meu quarto, não havia ninguém além de nós em casa.

Sentei em minha cama e observei Jimin retirando o fino casaco que usava. Em seguida ele se virou para mim e sorriu, vindo sentar-se ao meu lado.

"Você sabe que eu gosto de você mais do que como meu melhor amigo, certo?" Neguei com a cabeça, me sentindo ainda mais nervoso. "Eu não deixei isso claro ainda?"

"Talvez eu seja muito inocente." Me defendi. "Mas é que nós sempre fomos carinhosos assim um com o outro e eu nunca vi segunda intenção nisso."

"Me sinto culpado por ter visto." Jimin riu. "Espero que você saiba que eu respeito o que você sente por mim. Então se me disser para parar de insistir nisso, eu paro. Não vou mudar com você, não conseguiria nunca. Só não quero que um de nós acabe se machucando, ou que você faça algo que não sente vontade."

Enjoy The Silence | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora