Como um louco, era assim que me sentia, completamente maluco e perdido. Perder Jungkook não foi fácil. Ele prometeu que não se afastaria por completo, entretanto não respondeu nenhuma das minhas mensagens, as quais eu mandava o tempo inteiro. Eu dava bom dia e boa noite, o pedia para voltar e sempre deixava bem explícito o quanto o amo. Pensei que só esse amor fosse o bastante, mas talvez não seja o suficiente para suprir a falta que ele sente dos pais dele.
Será que fiz algo de errado? Será que ele se magoou comigo por algum motivo? Porque sinceramente não consigo entender o que pode ter acontecido.
Todos os dias permaneci fazendo minhas tarefas de sempre, porém tudo parecia sem brilho. Não tinha mais graça ir para a faculdade, porque não poderia chegar cansado e ir correndo para os braços de Jungkook. Não tinha mais vontade de comer, dormir, viver... só chorar.
Mas, mesmo sem vontade, eu continuei a fazer tudo o que precisava.
Não posso ser dependente dele, de forma emocional, a esse ponto.
Nesse exato momento estou indo para a casa de Seokjin, um colega de faculdade, porque vou fazer um trabalho com o namorado dele e lá tem mais espaço. Jin não faz o mesmo curso que eu, mas uma das matérias obrigatórias acabamos por fazer juntos, e seu namorado, Namjoon, faz a mesma faculdade que eu, por isso acabamos por fazer juntos esse trabalho.
Eles são ótimas pessoas e me dou muito bem com eles. Mas ainda queria o meu Kookie, porque é ele quem me faz bem o tempo inteiro, é ele que me faz feliz, é ele que me faz querer viver.
Cheguei na casa de Jin e estacionei o carro, me olhando no espelho dali brevemente e soltando um alto suspiro. Jungkook certamente não gostaria de me ver desse jeito. Abatido é a melhor palavra para definir o meu estado atual. Estou mais magro, sem as bochechas que Kookie adorava apertar, estou com olheiras profundas. Minha feição é a pior possível e tenho plena noção disso.
Sei que estou horrível.
Desci do carro e lentamente andei até a porta, deixando minha mochila pender por meu ombro direito. Jin me recebeu com seu usual sorriso, mas eu queria chorar mais um pouco. Talvez abraçá-lo e pedir algum tipo de ajuda.
Foi então, ao entrar em sua casa, que eu senti um perfume mais do que conhecido por mim. Aquele perfume era de Jungkook, não tinha como errar um cheiro que conheço há anos.
"Jin..." O olhei com espanto e ele sorriu novamente, como se estivesse aprontando algo.
"Eu vou ajudar o Nam a fazer o trabalho de vocês dois. Você tem algo mais importante para resolver agora." Ele apontou na direção das escadas. "Vá para a última porta da esquerda lá no corredor."
Eu nem mesmo disse alguma coisa, simplesmente corri pelas escadas sem me importar das vezes que tropecei. Quando cheguei na frente da porta que me havia sido indicada acabei por ficar nervoso. E se no fim das contas ele não estivesse ali? Não queria que ele me visse do jeito que estou, mas não me sinto bem o bastante para ficar longe dele por mais tempo.
Afinal, um mês já se passou.
Abri cautelosamente a porta, temendo não encontrá-lo ali. Porém, sentado em frente a uma escrivaninha, digitando algo em um computador, estava Jungkook. Ele estava com os fones no ouvido, provavelmente não percebeu minha presença. Me aproximei lentamente, tinha medo de ser mais uma ilusão da minha cabeça e eu estar apenas o ilustrando ali sem ele de fato estar.
Precisei tocá-lo para ter certeza, ainda que certo medo me percorresse. E se ele não me quisesse ali?
Tal receio foi embora quando ele só faltou machucar-se com o enrolo que o fone de ouvido fez em si assim que me viu. Ele levantou rapidamente e me aconchegou no meio de seus braços. E eu desabei, porque mesmo sendo mais velho e seu suporte, ainda era frágil o bastante quando o assunto era ele. Jungkook era minha força e também minha fraqueza, disso nunca tive dúvidas.
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Enjoy The Silence | jjk + pjm
Fiksi Penggemar[Short-Fic] Jimin queria, mais que tudo, entender o motivo de Jungkook apenas sorrir ao ouvir suas palavras e nunca responder uma palavra sequer. Ao descobrir que o garoto ouvia tudo, ficou ainda mais irritado, mas passou a entender o amigo quando d...