A Mikaelson

Capítulo 13

Adaha Mikaelson

Eu desci as escadas e arregalei os olhos ao ver Damon e Elena se beijando, eu subi as escadas em silêncio e voltei ao meu quarto pegando meu celular e ligando a Kol.

—maninho está em casa?

—estou—ele responde. —vai vim aqui?

—vou.

—Niklaus é o meu celular—ouço Kol murmurar.

—Niklaus está ai?

—estou—Niklaus responde. —se vir traga o Stefan ou nem precisa vir.

Eu revirei os olhos descendo as escadas.

—obrigado por amar a sua irmã mais nova.

—denada—ele fala.

Eu desliguei o celular vendo Elena e Damon me olharem.

—Stefan já acordou?

—estou aqui—Stefan fala aparecendo na porta da cozinha.

—pode ir comigo até a minha casa?

—sim—ele fala. —espera isso não tem haver com o seu irmão tem?

—o dia está lindo, vamos?

Eu o puxei até a porta a fechando. Nós entramos na minha casa e eu vi Niklaus descendo as escadas e conferindo Stefan ao meu lado.

—já estava pronto para me expulsar de Stefan não estivesse comigo não é?

—claro—Niklaus concorda. —Stefan oque devo a honra da sua visita?

—sua irmã me fez vir até aqui—ele responde. —eu já posso ir?

Ele me olha.

—não—Niklaus fala.

—Niklaus quer te mostrar algo no quarto dele... A cama.

Eu o empurrei com força na direção de Niklaus o fazendo tropeçar e me olhar indignado.

—não ia morrer mesmo.

—Stefan amor da minha vida.

—sim?—Stefan me olha.

—estou com vontade de comer bolo de morango com sorvete de morango.

—eu não sou o pai Adaha, mas eu vou comprar—Stefan fala.

Eu sorri.

—Stefan você é o melhor.

Eu o abracei afundando meu rosto em seu pescoço.

—você é tão cheiroso.

Ele ri.

—solte-o Adaha—Niklaus manda.

Ele puxou Stefan para perto dele.

—com vontade de comer mais alguma coisa? Não, então vamos Stefan—ele fala puxando Stefan até a porta.

—um café.

Stefan concorda.

—maninha—Kol sorri descendo as escadas. —como vai você e meu sobrinho?

—bem.

Ele me encarou em dúvida.

—oque aconteceu?—ele pergunta ficando a minha frente. —pode me contar.

Eu o abracei apertado.

—acho que eles vão voltar, eu os vi se beijando, e está doendo, com esses hormônios da gravidez foi mais ainda, o pior é que não dá para fingir.

—vai ficar tudo bem maninha, eu prometo—ele fala me abraçando.

—toma—Niklaus fala entrando na casa. —seu bolo e café.

—obrigado.

Eu peguei o bolo e me sentei no sofá.

—seu sorvete—Stefan fala me entregando.

—qual o problema?—Niklaus pergunta. —não vai nos contar?

Eu o encarei.

—está tudo bem?—ele pergunta.

Eu concordo.

—tem certeza?—ele pergunta.

Eu concordo.

—está realmente tudo bem?—ele me olhou desconfiado.

Eu o encarei.

—por que está me perguntando isso?

—por que eu sou seu irmão mais velho, é meu dever garantir que você está bem, ainda mas carregando uma criança, está tudo bem?

Eu solto um longo suspiro.

—não. As coisas eram mais fáceis antes, mas agora carregando uma criança tudo ficou complicado, não é só mais eu, se eu tiver problemas não posso simplesmente fugir, não posso a levar junto, não é só meu bebê, é também do Damon, e agora eu vou ter que lidar com sentimentos que eu só fugia, e...

—e dói—Niklaus completa. —fiz isso por muito tempo, preferia fugir do que encarar, até mesmo apaguei a memória dele, não funcionou por que eu apaguei a memória dele mas não a ninha.

—Damon?—Stefan pergunta me encarando.

—oque? Como você sabe?

—achou mesmo que eu não soubesse? Eu apenas fingia não ver—ele responde.

—está tão na cara?

Ele nega.

—eu apenas reparei em algumas coisas e Niklaus comprovou minhas suspeitas—ele responde.

Eu revirei os olhos voltando a tomar meu café.

—estão ouvindo isso?—Kol pergunta.

—ouvindo oque?

Eu o olhei.

—corações, dois corações—ele fala.

—oque?

—está achando que são dois?—Stefan pergunta.

—são dois—Niklaus responde. —eles são gêmeos Adaha, seus filhos são gêmeos.

Eu os olhei em choque, minhas mãos apertaram uma a outra e eu engoli em seco.

—dois? Duas crianças?

Eles concordam.

—acho que eu não estou bem.

—calma—Kol pede sentando ao seu lado. —ainda estamos aqui.

Ele segurou minha mão.

—eu sou inconsequente, como vou cuidar de duas crianças? Todos dizem o quão inconsequente eu sou e posso ser, não tem como eu cuidar de duas crianças.

—ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe, eu por exemplo, aprendi com o tempo—Niklaus fala.

—e você pode até ser inconsequente mas sabe cuidar de quem ama e isso é o importante, vai cuidar deles e os proteger—Stefan fala.

—e se eu não for o suficiente?

—isso só o tempo pode responder, mas tenho certeza de que você será o suficiente para que eles jamais se sintam sozinhos—Kol fala.

—vou para meu quarto, preciso pensar.

Eu me levantei deixando as coisas nas mãos de Kol e subindo para meu quarto.