Capítulo 19

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Adaha Mikaelson

Eu observava meus filhos dormirem em seu berço. Niklaus e Kol pararam ao meu lado e sorriram.

— Colocou os nomes deles com as iniciais combinando com seus respectivos padrinhos —Kol me encara.

— Claro que não. Só não tinha muitas escolhas.

— Você nos ama —Kol provoca.

— Eu só não tinha outras escolhas de padrinhos.

— Admite logo —Niklaus mexe no cabelinho da Khailee.

— Tá, vocês está certo.

— Eu vou precisar ir até a casa dos Salvatore, mas volto logo. Podem olhar eles pra mim?

— Claro —Kol concorda.

— Não invente de ensinar nada errado pra eles.

Ele revira os olhos. Eu caminho para fora do quarto. Ao entrar na casa do Stefan e Damon, pude ver Elena no sofá.

— E os seus filhos? —Elena pergunta.

— Dormindo, Kol e Klaus estão cuidando deles.

— Não é nada confiável —ela revira os olhos.

— Eles são mais confiáveis que você. Eles são meus irmãos, jamais vão machucar meus filhos.

— Espero que não se arrependa disso —ela provoca.

— Espero que não se arrependa de estar abrindo a boca.

— O que faz aqui Adaha? —Damon aparece na sala.

— Vim avisar que vou precisar ir a Nova Orleans. Os gêmeos vão comigo.

— Não pode os levar —ele me olha irritado.

— Não estou os levando embora, apenas preciso resolver algumas coisa por lá e eles vão junto. Não pretendo ficar por lá.

— Damon, não vai deixar né? —Elena o encara.

— Damon, não pode fazer muita coisa, também são filhos dela e vai ser apenas uma semana —Stefan se intromete.

— Bom eu já avisei, então adeus.

Eu voltei para casa me certificando que Damon não iria tentar fazer nada que me impedisse. Afinal, são só uma semana.

***

Cinco dias em Nova Orleans. Estava caminhando pela floresta para pensar um pouco. Estava distraída quando senti algo me atravessar. Uma flecha. Fui perdendo a consciência muito rápido. Ouvi uma voz mas não assimilei a alguém, só soube que era conhecida.

— Droga, Adaha não fecha os olhos.

Acordei em uma cama. Era meu quarto. Eu via tudo embaçado. Sentia meu corpo doer, eu suava frio, estava tremendo, sentia muito frio também. Olhei ao redor e vi Niklaus entrar pela porta.

— Tudo bem? —ele anda até mim.

— Não.

— Marcel te encontrou e te trouxe pra casa. Ele acha que bruxas enjetaram algum tipo de novo veneno em você. Algo mortal —ele conta.

— Como tira do meu corpo?

— Ainda não sabemos. Freya e Kol estão fazendo de tudo para encontrar uma cura, Elijah, Rebekah e Marcel estão procurando os culpados ou alguma pista —e explica.

— Eu vou morrer?

— Não, não vai —ele senta a beira da cama.

— Eu vou, não vou? Se não acharem uma cura, eu vou morrer.

Ele ficou em silêncio me confirmando oque eu desconfiava. Tentei entender em que momento tudo isso aconteceu.

— Vamos achar um caminho. Eu te prometo —ele sorri. — É minha irmãzinha, é ninguém irá te tirar de mim. De nós.

— Os meus filhos Klaus. Se algo acontecer comigo, cuide deles. Vocês precisam cuidar deles se algo me acontecer. Não deixa que Damon ou Elena criem eles sem me mencionar. Não deixe eles nas mãos dos dois. E se por algum acaso Damon os pegar para criar, não deixe que eles se esqueçam de mim. E de quem é sua mãe.

— Não vai te acontecer nada —ele insiste.

— Anda Klaus, me prometa que se algo me acontecer vocês cuidaram dos dois.

— Tudo bem —ele suspira. — Se algo te acontecer cuidaremos deles.

Eu fiquei mais tranquila. Ao menos eles não vão estar sozinhos.

— Klaus, Hope queria ver a tia —Hayley entra no quarto com uma ruivinha se escondendo atrás de seu corpo.

Klaus assente.

— Sinto muito —Hayley sussurra.

— Tia Ad —Hope sobe na cama.

— Oi ruivinha.

— Seus filhos são lindinhos —ela sorri animada.

— São lindos né? Quando eles tiverem sua idade você vai estar uma mocinha e irá cuidar deles pra mim né?

— Sim —ela concorda. — Ou não. Não sei. Criança dá trabalho.

Eu ri.

— Nem se parece com o pai —eu ironizo.

Niklaus revira os olhos. Fiquei conversando com Hope até a hora dela ir dormir.

***

— Niklaus eu pioro cada dia mais.

— É só impressão —Niklaus tenta disfarçar.

— Não minta. Posso saber que estou morrendo.

— Não está morrendo! —Kol afirma.

— É claro que estou!

— Klaus, o único jeito é colocar ela para dormir —Freya insiste. — Ou iremos a perder. 60% do seu corpo foi consumido pelo veneno.

— Niklaus, é o único jeito. Assim não morro e vocês terão tempo para encontrar uma cura.

Ele abaixa a cabeça.

— Não é sua culpa não conseguir achar rápido uma cura. Sei que com o tempo irá encontrar uma cura. Sei que logo irão me despertar e tudo ficará bem. Agora façam oque tem de ser feito. Mas antes, quero ver meus filhos.

Por fim consegui convencer Niklaus que será o melhor a se fazer. Eles trouxeram os gêmeos para que eu pudesse os ver.

— Eu amo vocês. Vocês são tudo pra mim. Seus titios vão cuidar bem de vocês em quanto mamãe não estiver. Nunca se esqueçam de mim.

Eu beijo a testa de ambos.

— Eu amo vocês.

Always and forever.

Por fim senti meus olhos irem se fechando e eu fui me prendendo a escuridão. Sem consciência de mais nada. Tempo, lugar, hora ou pessoas. Não tinha mais consciência de quanto tempo iria se passar.

A MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora