Capítulo 14

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Adaha Mikaelson

Eu desci as escadas e ouvi vozes na cozinha.

—ela vai te contar Damon, agora fica calmo—Stefan fala. —como soube?

—Kol falou para Rebekah que falou auto demais e Elena ouviu e me contou—Damon responde. —se ela descobriu a dois dias provavelmente ela pretendia não me contar, ela ia me esconder isso.

Kol apareceu atrás de mim e pegou em meus ombros.

—antes de você acordar aconteceu uma grande briga na sala, Klaus queria atacar o Damon, Stefan interviu dizendo que não podiam brigar por que se você acordasse e visse seria ruim para os bebês, enfim Stefan acalmou Niklaus o levando para fora, mas aconteceu de Damon surtar denovo e agora quem está discutindo é Stefan e ele—Kol explica.

—Damon fique calmo, não deveria reagir assim, ela estava em choque, provavelmente pensando em como contar—Stefan fala.

—ela está carregando os meus filhos Stefan, não me diga como devo reagir a ela me esconder isso—Damon praticamente grita. —ela ia me esconder isso até quando? Até o sexto mês, quando ela se sentisse preparada para contar por que não daria mas para esconder? Por que ela estaria arrependida por agir de forma inconsequente mas uma vez e me esconder outra coisa? Assim como fez com a cura do vampirismo temporária?

Se ele estava tão irritado e não gostou disso por que não brigou comigo? Não falou nada antes, era só dizer, eu não iria ficar brava ou irritada, fui eu que errei e sabia bem oque havia feito. Se eu sou tão inconsequente ele pode criar essas crianças com uma outra alguém, Elena talvez, ela gostaria de filhos com ele.

Kol apertou meus ombros demonstrando seu apoio e eu encarei um ponto fixo na parede — eu não podia mas fingir — eu poderia fingir que estava tudo bem para todos, mas não para mim ou meus irmãos, leve o tempo que levar eu nunca vou conseguir esconder deles que já não dá mas para levar isso adiante, eu posso enfrentar tudo, absolutamente tudo, menos uma decepção sobre alguém que eu amo, carregando uma criança que nem sequer é minha, que eu poderia ter recusado, e tudo oque ganho são insultos de quem eu nunca imaginaria ouvir. Palavras doem e nem sempre podemos fugir delas.

—puer Ianuae...

—oque está fazendo?—Kol pergunta me cortando.

Eu coloquei as minhas mãos estendidas a minha frente e fechei os olhos me concentrando em Elena.

—puer ianu....

—desculpa, mas não vai fazer isso, não vou deixar você fazer isso—Kol fala segurando em meu pescoço.

Eu o arremessei para o outro lado do corredor.

—não é os meus filhos! Eles não são meus e nunca vão ser, eu não posso cuidar de duas crianças quando a inconsequência parte de mim, eu não vou continuar com isso somente por que tenho consideração por Damon, essa não sou eu! Eu não sou a Elena ou Caroline, eu não faço esse tipo de coisa Kol! eu sou o caos, a destruição, a turbulência, eu não sou a paz e a tranquilidade que crianças precisam.

Eu o olhei.

—eu não sou alguém que um dia elas vão conhecer o passado e achar interessante, eu sou o contrário, eu sou alguém que quando esses bebês souberem a verdade vão sentir nojo e achar abominação e um monstro, eu sou aquela que vai fazer eles nascerem quebrados por que não é capaz de amar alguém incondicionalmente.

—então me explica como amou Hope? Ou Stefan? Até mesmo o Marcel? Se não pode amar incondicionalmente me explica como protegeu eles e cuidou deles no mesmo estante que os conheceu? Como os fez ter uma visão boa de você se você nega isso?—Kol pergunta. —você amou Marcel como filho desde o momento em que o conheceu não se lembra? Amou Hope desde o momento em que Hayley te contou sobre ela, ela sendo filha do Klaus ou não você a amou, perseguiu e salvou Stefan da escuridão todas as vezes em que ela voltava a si, amou ele desde o momento em que o conheceu, como pode olhar para mim e dizer que não pode amar alguém incondicionalmente?

Eu deixei que lágrimas gélidas molhasse meu rosto.

—aliás seu queridinho está na cidade, ele está atrás de você—Kol fala.

—oque está acontecendo aqui?—Niklaus pergunta. —irmãos brigando lá em baixo e irmãos brigando aqui no corredor? Não posso assistir os dois.

Eu revirei os olhos.

—a louca que chamamos de irmã queria teletransportar os gêmeos para a barriga de outra pessoa—Kol responde.

—Elena.

—credo, realmente ia fazer isso? Justo para aquela lá?—Niklaus pergunta.

—ela só está confusa irmãos—Elijah fala me lançando um sorriso acolhedor. —ficará tudo bem.

Eu desci as escadas para a cozinha e fitei Stefan parado ao lado de Damon, entro na cozinha e pego uma água.

—qual será o nome deles?—me assustei ao ouvir Marcel. —não quis te assustar.

—Marcel!

Eu saltei sobe o mesmo que me abraçou.

—eu senti sua falta.

—sentiu tanto a minha falta que nunca ligou, mandou mensagens ou voltou—Marcel ironiza. —me ignorou por anos.

—eu sinto muito por isso também.

Ele sorri.

—você só não sente tanto quanto Davina—Marcel ironiza mas uma vez.

—ela está muito brava?

—ela está arrependida de não ter te matado, oque acha?—ele pergunta.

—se eu não morri antes eu morro agora, mas eu carrego crianças, ela não vai me matar.

—ela vai esperar eles nascerem—ele fala. —ela está na sala.

Eu sorri o vendo me puxar para sala onde Kol e Davina se olhavam.

—eu também senti sua falta?

Davina caminhou até mim e me abraçou, ela se afastou e bateu em meu braço.

—foi mal—ela debocha.

—oque fazem aqui?

—Kol ligou, explicando oque havia acontecido e então viemos te dar apoio—Marcel conta.

—aliás são gêmeos.

Eu me viro para Damon, a voz carregando de sarcasmo e cinismo.

—e como vai ser? Os gêmeos vão ficar com quem? Vão para New Orleans ou ficam em Mystic Falls?—Marcel pergunta.

Idiota, eu praticamente criei esse garoto e ele vem arrumar uma confusão dessas agora.

—Adaha não vai abandonar o império dela e nem os irmãos em New Orleans, e Damon não abrirá mão dos filhos, ou abrirá?—Marcel pergunta.

—Adaha não levará meus filhos com ela—Damon fala.

—nossos filhos.

—meus filhos—Damon corrigi. —são meus filhos Adaha.

—eu não ligo se são nossos filhos ou seus filhos, eu não vou resolver o futuro deles agora, a gente vai esperar eles nascerem e quando chegar o dia nós decidimos oque fazer.

Eu suspiro.

—até lá eu não saio de Mystic Falls, mas depois disso eu volto definitivamente para casa.

—como?—Stefan pergunta.

—eu tenho assuntos em New Orleans, não posso ficar aqui para sempre, eu iria voltar um dia para casa, só estou adiantando as coisas para que vocês se preparem, adoro despedidas.

—vai deixar os gêmeos?—Caroline pergunta.

Eu dou de ombros.

—eu venho os ver.

—está fugindo—Caroline fala. —você sempre foge.

—não é fugir, é evitar brigas.

Eu sorri.

—bom eu vou dar uma volta, alguém me acompanha?

Davina concorda, a puxo até a porta e abro saindo e deixando que ela a feche e me siga para qualquer lugar longe dali.

A MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora