Pode ficar || L7nnon.

59 | a orelha vem

Livia_

Acordei com alguém me chamando, abri os olhos e vi que era uma enfermeira que vem aqui de duas em duas horas Lara me ajudar. 

- Hora de comer - veio com o meu filho.

- Ele não chora muito - riu- isso é normal? 

- Tem crianças que são mais tranquilas que outras - me ajudou a colocar o peito na boca dele. 

- Quando eu vou poder receber visitas ? 

- Daqui a algumas horas - ia saindo - tem muita gente famosa aqui querendo te ver. 

- Famosa ? - fiquei confusa. 

- Xamã, l7 e o Papatinho. 

- Meu cunhado, meu ex e meu irmão. 

- Eu queria tirar uma foto com eles - disse tímida. 

- Não fica com vergonha boba, pode pedir que eles são legais. 

- Quem sabe - riu e saiu do quarto. 

Comecei a alisar os fios de cabelo que Joaquim tinha, ele me olhava de relance as vezes e logo fechava os olhos. 

Sorria feito boba por saber que agora eu teria que ter muito cuidado com um mini humano, que saiu de dentro de mim. 

Ele terminou de mamar, tirei ele do peito e fiquei olhando seu rosto, é impossível não se apaixonada. 

==

- Já podemos receber visitas ? - Perguntei a Paula que estava examinando o bebê. 

- Vou chamar eles - sorriu e foi embora. 

Foi questão de dois minutos e o quarto foi invadido por toda minha família. 

- Oi pirralha - Flavia veio para perto. 

- Quer pegar ? - sorri para ela. 

- Claro que eu quero - ela pegou ele com todo carinho. 

Ficaram todos babando no menino e eu só conseguia sorri pelas coisas que eles falavam.

-  a vovó vai levar você embora junto da sua prima - minha mãe falava serinha com voz de bebê. 

- A mamãe bate né - Flavia entrou na onda. 

- Como você está? - Xamã chegou do meu lado. 

- Estou bem - fechei os olhos. 

- Por que não falou que o pai era o Lennin ? - sussurrou me fazendo o olhar assustada. 

- Como? Você sabia ? 

- Acabei de descobrir - sorriu de lado - as orelhas são iguais. 

- Não era pra ninguém saber - choraminguei baixo - aí justo a orelha vem igual. 

- Isso é pela palhaçada de não contar as coisas para a gente - esbravejou. 

- Não fica bravo comigo, como veio justo a orelha - fiz bico. 

- Olha pelo lado bom - olhou para o bebê - ele tem um pai que vai cuidar dele. 

- Eu não sei se conto - neguei várias vezes - não posso. 

- E por que ? Por causa da sua melhor amiga ? Se for, ela pegou ele pra matar carência. Furou seus olhos - riu irônico.

- É por eles dois - mordi o lábio - imagina se um dia eu for embora de novo, eles vão se afastar. 

- Não pensa assim. 

Fechei os olhos e acabei pensando em tudo. 

==

- Já vamos - Thiago se aproximou com minha irmã.

- Eu acho que vou dormi. 

- Tem mais alguém aqui querendo ver vocês - eles olharam. 

- Larissa tá aí? - perguntei ansiosa. 

- Sim, também. 

- Manda ela entrar. 

- Lennon também quer vir - Flavia falou calma. 

- Manda ele entrar também

- Tem certeza ? 

- Tenho, fala para eles virem. 

- Tá bom - beijou minha testa e Flavia também  - Depois nós voltamos. 

Eles saíram, e logo a figura branca de Larissa apareceu na minha visão e eu sorri abrindo os braços. 

- Como você tá amiga?

- Eu estou bem e esse pitico aqui - pegou meu filho.  

- Ele é tão lindo - acariciou sua bochecha - parece com o pai. 

-Eu sei - ri fraco 

- Ele ta aí fora - sussurrou. 

- É pra ele entrar - pisquei - ele me ajudou muito nesses dias. 

- Eu já vou indo - me entregou ele - só vim dar um beijo em vocês, tenho que trabalhar. 

- Vai voltar hoje ? 

- Eu e o João vamos vir no Natal - concocordei e me despedi. 

Lennon entrou em seguida e sorriu fechando a porta. Encostou na parede e cruzou os braços nos olhando. 

- Eu não mordo Lennon  - ele ficou se graça. 

- Mas quase arrancou minha mão - brincou.

- Estava com dor, é diferente. 

- Mesma coisa - ele deu os ombros. 

Ficou um silêncio e eu cocei a garganta criando coragem para olhar para ele. 

- Quer pegar ele ? 

- Tem certeza ? - concordei.

Levantei com ele e Lennon chegou mais perto para pegar ele. Eu coloquei com todo carinho e ele segurou certinho. 

Ele começou a balançar Joaquim que abriu um sorriso gostoso com os olhos fechados. 

- Você conheceu a voz do papai filho - falei sem tirar a atenção das mãozinha dele que agarrou meu dedo. 

- Tá falando sério? - Lennon sussurrou com a voz rouca embargada. 

Só balancei a cabeça confirmando e ele deitou a cabeça sobre a minha e senti algo me molhar. 

Ficamos em um silêncio gostoso, quase que como uma família. E é isso que somos. Sem excluir ninguém. Seremos Seremos sempre uma grande família. 

- Obrigado preta ! 

4/5

Prometo voltar mais tarde para postar o último capítulo da maratona por motivos de minha Internet estar uma bosta.

Então, beijos e desculpe se caso não der para postar.