14 de Setembro 2020.Lennon
Tinha acabado de estacionar o carro em frente a casa do Thiago, ele disse que não teria ninguém e me pediu para pegar uma mochila que ele havia esquecido.
Passei na cozinha antes e peguei uma garrafa de água, hoje estava um calor insuportável no Rio.
Subi as escadas de dois em dois degraus, entrei no quarto dele e peguei o necessário. Aproveitei para usar o banheiro
Terminei e saí do quarto fechando a porta, passei pelo corredor dos quartos em direção a escada.
Quando fui descer o primeiro degrau, escutei um barulho de algo caindo e um grito vindo de um dos quartos.
Estranhei, mas fui atrás ver o que era. Entrei nos dois primeiros quartos e não tinha nada.
Entrei no quarto ao lado do Thiago, escutei uns gemidos e corri para o banheiro. Arregalei os olhos assim que olhei para a Lívia.
Ela estava encostada na pia do banheiro com a mão na barriga, Lívia me olhou e logo olhou para baixo.
- Minha bolsa estourou.
Ela sorriu de uma forma linda, como se o que estivesse acontecendo naquele momento fosse mágico pra ela.
Ela saiu do banheiro e entrou no quarto pegando o celular em seguida. Eu fiquei parado sem saber o que fazer.
Ela ligou para alguém e me olhou respirando fundo. Se aproximou e segurou meu rosto que provavelmente devia estar em choque.
- Me leva para o Hospital - eu concordei.
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Nós já estávamos no hospital a umas duas horas, a família de Lívia disse que viriam logo, mas ainda não chegaram.
Eu estou nesse momento segurando sua mão, ela disse que não está sentindo nada e isso me preocupa.
- E ai Lívia, alguma coisa ? - Paula entrou colocando as luvas.
- Ainda nada doutora.
- Vamos olhar .
Ela fez todo o procedimento, depois tirou as luvas, passou álcool nas mãos e voltou para perto.
- Você já está com 6 cm dilatados, vamos esperar mais algum tempo e eu volto.
- Mas eu não estou sentindo nenhuma dor - Lívia disse brava e eu segurei o riso.
- Eu não estou preocupada - Paula sorriu em conforto - fica bem e até daqui a pouco - deixou um beijo na testa dela e saiu.
Eu continuei sentado ali ao lado dela em um silêncio bom. Ela desviou o olhar da janela e me olhou.
- O Thiago já está chegando, pode ir se quiser .
- Vou ficar até saber que vocês dois estão bem - ela assentiu.
Peguei o celular mais uma vez e ignorei as inúmeras mensagens e ligações da Mavi, nesse momento o que eu menos quero é me estressar.
- Você não acha melhor chamar o pai do seu filho preta? - ela me olhou sorrindo fraco e negou.
- Já tenho tudo o que eu preciso bem aqui.
Levantou toda desajeitada e segurou minha mão.
- Obrigado por estar aqui - apertou minha mão mais - Eu sei que você está arriscando seu relacionamento e por isso eu peço que você vá embora e tenta não fazer merda com a Maria, ela é uma pessoa boa.
- Eu não vou sair daqui.
- Então chama a Paula - Sentou na minha perna - agora eu tô sentindo dor e não estou gostando.
Levantei em um pulo e corri olhando pelos quartos da maternidade onde ela poderia estar e encontrei a saindo de um.
- Ela está com dor - coloquei a mão no peito para regular a respiração - será que eles estão bem ?
- Já era pra ela está sentindo essas dores a horas.
Entramos no quarto e livia estava de pé com as duas mãos apoiadas na barra da cama e com a cabeça baixa.
- Liv, como você está se sentindo ? - Paula foi extremamente amável.
- Parece uma cólica, só que mil vezes pior.
- Fica calma - ajudou ela a se deitar - vamos ver como está tudo.
Ela fez o exame de toque novamente e sorriu olhando Lívia.
- Mas algumas horinhas e o seu filho nasce.
- Se eu não morrer até lá - brincou - essa dor é insuportável.
- Eu sei que é, mas aguenta firme por ele.
- Ok - deitou o corpo todo - só me garante que eu vou para de sentir essa dor rápido.
- Eu não posso te dar nada para resolver isso, volto daqui a alguns minutos.
Ela saiu novamente e de novo o silêncio, até até ser quebrado por um gemido de dor de Lívia que me fez segurar sua mão e ficar tentando distrair ela.
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Pode ficar || L7nnon.
Fiksi PenggemarFalei que nunca mais ia mandar mensagem, Dois minutos depois perguntei onde ela tava