Bônus filhos- parte 3

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Miguel_

Sai de cima da Luiza que sorria fraco e tinha a respiração acelerada como a minha, depois de transarmos por umas três horas sem parar.

Passei a mão nos meus cabelos e me virei olhando para ela que tinha seus olhos inocentes vidrados em mim.

- Vai me dizer outra vez que se arrepende? - ela falou num tom de voz baixo e eu fechei a cara.

- Não foi, mas a gente não pode ficar fazendo isso - comentei e ela virou olhando para o teto do quarto.

Ficou um silêncio estranho, continuei na mesma posição e reparei no seu corpo bronzeado sendo iluminado por uma fresta de luz que tinha no quarto e eu abracei sua cintura.

- Você faz isso porque sabe que eu sempre volto correndo para os seus braços - negou rindo e eu dei de ombros enfiando minha cabeça na curva do seu pescoço.

- Eu nunca te prometi nada Luiza - sussurrei abafado e ela se arrepiou - tá ligada que a gente é família né? 

- Eu sei.

- O trato foi, se algum de nós se apaixonar pelo outro, tudo isso aqui - apontei para nós dois - acaba na hora. 

Nada de sentimentos - ela frisou e eu concordei. 

- Não torne isso difícil - levantei o olhar até o seu - não é bom o que a gente tem ? 

- Muito, mas você torna tudo mais difícil- sorriu amarelo e eu lhe dei um selinho. 

- Fica de boa - selei novamente e ela segurou meu rosto.

Começamos a nos beijar devagar e ela se afastou me olhando e rindo sem graça. Mas logo depois ela me abraçou apertado. 

Senti uma diferença no momento com ela, não que eu não gostasse da Luiza. Mas eu não tô pronto para ficar sério com ninguém, ainda tô novão e ela também.

E se for para fazer ela sofrer, eu prefiro não começar nada mesmo sabendo que a situação que nós dois nos encontramos dificulta muita coisa.

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Lara_

Levantei do sofá assim que o interfone de casa tocou e corri para atender, era o porteiro avisando que meu pedido tinha chegado. 

Calcei minhas havaianas correndo, sai de casa fechando a porta e desci de elevador até o térreo. 

- Boa tarde - falei com o entregador que estava de cabeça baixa. 

- Boa tarde - ele tiro o capacete e sorriu em seguida - nossa, você é bonita. 

- Am, obrigado? - fiquei com vergonha na hora e ele riu.

- Posso pegar seu número? - assenti sem graça pegando o pedido.

Entreguei o dinheiro para ele e o mesmo anotou meu número em seguida. Descobri que seu nome era Luan. 

Esperei ele subir na moto e fiquei olhando ele sumir, e tentei assimilar o que tinha rolado. Luan era lindo, parecia ser uma pessoa legal, talvez eu devesse investir. 

Subi depois de cumprimentar o porteiro, entrei em casa e coloquei meu lanche sobre o sofá e peguei o celular para ver se já tinha alguma mensagem dele.

Neguei com a cabeça rindo vendo que eu estava ansiosa por um mensagem de um desconhecido, abri a embalagem e peguei minha comida comendo em seguida. 

Fiquei assistindo um filme, levantei depois que acabou e limpei a bagunça que eu fiz e do nada me assusto com o Joaquim sentado no sofá com meu celular na mão.

Pode ficar || L7nnon. Onde histórias criam vida. Descubra agora