Seven

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Gabi: Notas iniciais: Oi, oi gente! Tudo bem com vocês?
Posso falar que eu me apaixonei por esse conto? Sinceramente a Luma arrasou demais nele, quando eu estava lendo senti todas as emoções possíveis, essa mulher conseguiu me fazer rir e chorar ao mesmo tempo 😂
Enfim, esperamos que vocês gostem e nos vemos nas notas finais 🥰

Luma:
Ei lindos! Tia Luma voltou com mais um capítulo. Dessa vez, vamos contar uma história que se pintou na minha cabeça desde a primeira vez que vi a tradução de Seven. Uma das músicas mais incompreendidas e injustiçadas da Taylor, que mostra a inocência, a decepção, a civilidade, e principalmente, de amor, que está sempre sendo passado adiante pelas gerações , da mesma maneira que os contos do folclore, com detalhes sendo modificados mas nunca afastados demais da sua essência. E é isso que vão ler agora.

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Reading- Pennsylvania

Junho 1994

Residência dos Shastri

Os Shastri eram um jovem casal de americanos, vizinhos desde a pré-escola, e filhos de indianos que se orgulhavam de suas origens. Assim, embora tivessem vários comportamentos típicos dos americanos, decidiram se casar e criar os filhos segundo a cultura indiana. Oito anos depois, Xanti e Abud não poderiam estar mais orgulhosos e felizes, agora com dois meninos em casa.

– Bom dia, mama – o garotinho de 7 anos entrou sonolento na cozinha, se ajoelhando diante da mãe conforme o costume.

– Bom dia, Pyetro – Xanti o abençoou e fez sinal que se sentasse à mesa.

– Onde está papa? – Ele perguntou pelo pai enquanto a mãe lhe servia o chai com pimenta e canela, como ele gostava.

– Já saiu para trabalhar. Termine seu chai e coma, que iremos sair daqui a pouco para fazer compras.

– Não vou não. Eu sou um homem ocupado.

Xanti mordeu os lábios para não rir.

– Posso saber com o que está ocupado se está de férias?

– Eu vou na casa da Eve, ela tá me esperando!

– Quando voltarmos você vai– disse com certa doçura, mas firme.

– Não vou não! – disse arremessando um pãozinho na parede, perigosamente perto da mãe, cruzando os braços.

Xanti perdeu a paciência nesse momento.

– Pyetro Shastri, você tem quase oito anos e não vou aceitar pirraças da sua parte. Que exemplo quer dar a seu irmão? – Ela elevou o tom de voz, apontando para o pequeno Miraj, de apenas um ano, adormecido no carrinho.

O garoto morreu de vontade de dizer más respostas a mãe, mas sabia que isso só pioraria a situação, então se calou, furioso ao sentir seus olhos se encherem de lágrimas.

– Você vai sair comigo sim, e quando voltarmos vai direto para seu quarto. Eve não vai brincar com você hoje, e quando ela te perguntar o porquê amanhã diga a ela que não se deve fazer pirraça.

O garoto passou o restante do dia sem emitir uma palavra, apenas pensando no quanto odiava a mãe e olhando a vizinha triste do outro lado da rua.

Residência dos Velastro

– Pye sumiu hoje, Margareth! – Evelyn falou com a boneca, aborrecida.

A garotinha loira de olhos azuis sentou na cama com a boneca de pano, sua companhia 90% do tempo que passava em casa, e suspirou.

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