Hoax

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Gabi: Oi, oi gente! Tudo bem com vocês?
O capítulo de hoje trata de alguns assuntos mais sérios que podem ser gatilhos para algumas pessoas, como relacionamentos tóxicos e alusão a abusos físicos e psicológicos, se você não se sentir confortável, não leiam. é importante ressaltar que não estamos tentando romantizar nenhuma dessas situações e que acima de tudo nós queremos que nossos leitores se sintam bem. E lembre-se que independente a situação vocês podem sempre pedir ajuda.
Enfim, boa leitura e nos vemos nas notas finais.
Luma: Aí, difícil dizer algo desse capítulo, só digo que está triste, assim como a música. Boa leitura!🥺


Hoax.

Silícia, Itália.

A jovem se sentia extremamente esgotada mas mesmo assim ainda deferia golpes no saco de pancadas pendurado no teto do galpão que era utilizado como academia. Camille Fontana nasceu e cresceu dentro do mundo do crime, seu pai era o chefe da máfia italiana e a jovem tinha uma vida de luxo, mas regrada de caos e tragédia.

Em poucos meses sua vida havia mudado completamente, Camille conheceu Henry De Luca, uma pessoa que ela achava que traria de volta a sua esperança. Mas Henry fora tirado dela a força cedo demais, agora Camille sabia que estava vivendo em uma ilusão quando acreditou que poderia ser feliz junto com Henry, nenhum dos dois eram destinados a ter essa oportunidade.

A família Fontana estava na liderança da máfia italiana desde muito antes de Camille nascer, o que fez com que seu destino fosse traçado sem que ela precisasse fazer absolutamente nada. Com seus vinte anos, a herdeira de um império tinha o mínimo de fé no amor, não que Camille acreditasse que o amor não existia, ela apenas era convicta de que não era merecedora de algo tão puro.

Camille era uma pessoa que tinha uma escuridão interna tão grande que na maioria das vezes situações caóticas aconteciam a sua volta, mas nada se comparava ao o que ela estava passando naquele momento. Como um sol eclipsado a jovem se sentia completamente na escuridão, destruída como nunca estivera antes , sua maior luta havia terminado sem uma vitória e seu chão havia congelado.

Desde o início Camille sabia que Henry daria a sua vida para protege-la, primeiramente por causa do seu juramento com a máfia, afinal ele havia sido designado a cuidar da sua segurança, e com o passar do tempo ela havia percebido uma certa afetividade por parte dele. Obviamente Henry também tinha a sua escuridão, afinal ele havia chegado a uma organização criminosa por um motivo , talvez aquela questão fosse o motivo deles terem se aproximado tanto, talvez Camille e Henry se entendiam de uma maneira que ninguém mais conseguia compreender.

Camille se perguntava se existia alguma razão para aquilo acontecer, gritando a beira de uma falésia, implorando ao universo por uma explicação. Aquele amor infiel era a única farsa que ela acreditava, não existia mais nenhuma outra opção, ela não queria mais nenhuma outra pessoa que não fosse ele.

"Não quero nenhum outro tom de azul além de você...Nenhuma outra tristeza no mundo serviria"

*

Alguns meses antes.

Camille nunca imaginou que algum dia iria se sentir tão sozinha, obviamente ela se sentiu sozinha pela maior parte da sua vida, já que a maioria dos Fontana apenas a tolerava ao ponto de não mandar alguém "sumir "com ela. A ruiva saiu do carro recém estacionado quando o mordomo prontamente abriu a porta do veículo, mantendo a postura ereta pois sabia que era exatamente daquela maneira que deveria se portar. Algumas pessoas a esperavam na entrada da mansão, dentre eles um homem de aproximadamente cinquenta anos que Camille reconheceu como seu pai, Lourenço Fontana.

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