Síndrome de Waardenburg • Hyunlix

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- Felix? - Hyunjin chamou o menor assim que chegou a seu lado e viu os olhos brilhantes do outro focados a uma BMW preta parada no outro lado da rua.

Hwang obviamente não conhecia o tal dono do carro, mas o loiro conhecia e sabia muito bem quem era... Seu tio havia voltado.

- Oh... Desculpa Hyunjinie Hyung -Respondeu animadamente focando seu olhar no do mais velho - Distrai-me por um instante... - Olhou de relance a entrada e janelas da casa confirmando a ausência de seus pais ali.

- O que estava olhando? - Perguntou curioso - Gostou tanto assim daquele carro?

- Hyung - Murmurou alegremente e atreveu-se a deixar um selar aos lábios do outro - Aquele carro é do meu tio... Ele é o único que se importa comigo! -Sorriu animado ao pensar no reencontro com o mais velho.

- Ata - Respondeu secamente - E eu não sou nada - Fez um bico claramente emburrado mas lotado de sarcasmo.

- Não Hyung - Riu abobadamente - Ele é o único... Vivo... De minha família que se importa comigo - Murmurou a parte do "vivo" tão baixo que Hyunjin mal pode ouvir, mas logo ao que prestou atenção engoliu seco.

- Como assim o único... "Vivo"? - Perguntou curiosamente, mas logo arrependeu-se ao ver a carinha triste do mais novo - Hey - Falou vendo que era melhor o outro não contar-lhe - Não precisa falar, vamos - Disse puxando o que tinha o cachorrinho -agora- adormecido nos braços logo sendo parado pelo mesmo.

- Eu quero te contar - Acariciou a mão grande do outro sem encarar-lhe - Mas, não agora - Sorriu triste logo voltando a andar ao lado de seu Hyung que concordou sem pestanejar, acompanhando o menor até a porta de sua casa.

Uma, duas, três batidas e a porta foi aberta revelando Sana com um vestido bonito e cabelos negros penteados em um coque para trás.

- Olá mamãe! - A outra o repreendeu com o olhar - Ah, sim desculpe, benção mamãe - Completou curvando-se levemente sentindo um olhar queimar sobre si, mais especificamente seus braços em Storm.

- Deus te abençoe Felix! - Disse secamente e logo olhou com nojo ao cãozinho - Que palhaçada é essa, em Lee Felix?

- É meu presente dona Lee - Falou Hyunjin interrompendo a possível fala de Felix, sempre mantendo uma postura séria e formal - Dei a ele com o objetivo de lhe dar novas responsabilidades - Disse calmamente.

Okay, talvez a dona Lee tivesse caído naquela fácil demais, isso nunca significava boa coisa... Sua mãe era uma pessoa julgadora independente da raça, sexualidade ou qualquer coisa diferente do livre arbítrio de sua igreja, a mais velha julgaria até o ultimo segundo atiraria pedras afiadas em forma de palavras cruéis e Felix conhecia bem a capacidade de Sana em acabar com seu dia, mas na cabeça do menor a agressividade de sua mãe não apenas em forma de palavras mas também físicas não passavam de coisas que ela fazia por seu bem. Se perguntava diariamente o que fez para as pessoas de tão cruel para o odiarem tanto a si, era como se diariamente o mundo lhe envia-se uma mensagem dizendo: "Sai, você não pertence a este lugar!", e ele sempre fazia as mesmas coisas, chorava... Felix preferia ver o mundo mais a dentro não gostava de ver as coisas de maneira tão superficial como os outros adolescentes que o rodeavam e apesar de não ter amizade com nenhum deles o loiro os observava e de certa forma isso o trouce vários pensamentos sensatos sobre muitas coisas que antes tinha duvidas como:
O por que de todos sempre rirem de tudo? Por quê?

O que tinha de tão engraçado para todos eles sorrirem sempre e sempre, bom, Felix não sabia mas ao observar as pessoas e ver o comportamento de cada uma percebeu que:

Nem sempre sorrir... Significa estar feliz!

Com o tempo, foi aprendendo outras coisas como a vez que sua diretora contou-lhe como ela tinha orgulho de ter chegado onde chegou, e ao que lhe contava lágrimas salgadas lhe banhavam a pele já idosa de sua diretora e amiga, Felix na época era apenas uma criança e não entendia o motivo da outra chorar enquanto sorria, mas quando cresceu mais um pouco pode entender que: