When the Sun Goes Down

0/2 Sweet Child O' Mine

Pra quem ficou com medo da minha nota super paranoica no capítulo passado, o Oikawa casou e uma das tradições é os noivos consumarem no mesmo dia com testemunhas esperando do lado de fora. Nem ele nem a mulher dele queriam, mas fizeram por obrigação e com consentimento mútuo, e isso afetou MUITO o Tooru, por isso ele surtou um pouquinho e o Haji teve que ajudar ele a se acalmar. No final, o Iwa promete que ficaria do lado do tudo independente de qualquer coisa. 

Boa leitura! 

***

Se podia-se ter certeza de algo, era que foram anos complicados, mas tão tão complicados quanto Hajime e Tooru imaginavam que seriam.

A indicação de que o mundo não seria tão cruel veio rápido, logo na lua de mel dos recém casados, isolados com apenas uma pequena guarda em uma das ilhas da família real Oikawa. A princesa, afinal, não queria esse casamento tanto quanto Tooru, muito menos ter relações de qualquer teor mais íntimo com ele. Por isso, formas de fazerem inseminação artificial sem ninguém ficar sabendo foram pesquisadas e, fácil assim, no terceiro ano de casados eles já tinham dois herdeiros sem que nenhum sofrimento fosse imposto para ambas as partes novamente.

A relação com Himawari não era, nem de longe, tão ruim quanto Tooru um dia pensou que seria. As noites que passavam no mesmo quarto logo começaram a ser regadas por conversas que os levaram a ter uma relação de cumplicidade que ia além dos segredos que compartilhavam sobre o próprio casamento. Isso facilitou com que mantivessem as aparências e que concordassem em como educar os gêmeos Tobio e Kunimi em relativa paz e fora dos padrões que foram exigidos na educação de Tooru quando ele era criança.

A relação entre príncipe e guarda se manteve forte, é claro. Houveram mais escapadas pela noite, mais pinturas de cabelo e mais idas à casa de shows. Mattsun e Makki foram apresentados à ele e, mesmo que tenha demorado alguns anos, e Karasuno também ficou sabendo que a Alteza Real era um grande fã de suas músicas e covers. Era complicado ficarem juntos no quarto, então um dos passatempos favoritos dos dois era encontrar mais passagens secretas pelo castelo para que conseguissem sumir e matar as saudades em relativa paz.

Por mais que com o nascimento dos gêmeos os passeios tenham se tornado menos frequentes e os momentos a sós ainda mais raros, a relação deles se estreitou ainda mais. Tooru contou a Himawari sobre a relação dos dois logo no começo da gravidez e ela, para sua surpresa, a aceitou muito bem. Foi por isso que alguns anos depois, quando os gêmeos tinham cerca de quatro anos, que Tooru se sentiu completamente confortável com o anúncio de que ela começara uma relação com o doceiro do palácio.

Uma das coisas que Tooru mais amava observar era como Iwa-chan amava seus filhos, e lhe doía não poder ensiná-los que aquele homem também era pai dos dois. Não podiam arriscar que Tobio e Kunimi espalhassem a informação, mas era óbvio para qualquer um que observasse com atenção que Hajime amava aquelas crianças desde o nascimento como se fossem seus próprios filhos, e isso fazia com que Tooru o amasse ainda mais.

Quando Hajime cuidava dos pequenos durante a noite, quando se preocupava quando ficavam doentes, a forma como os olhos brilhavam quando brincava com os dois... Oikawa achava adorável, e não podia negar que era um alívio poder compartilhar a preocupação que sentia com os filhos com mais alguém que não sua "mulher"; nunca se esqueceria como seu coração aliviava quando o amado entrava em seu quarto nas trocas de guarda após suas noites de folga, imediatamente perguntando dos camaradinhas, apelido menos revelador que conseguiu bolar na época. Tooru não era o único a se derreter, uma vez que a fama de durão do guarda foi por terra entre os empregados do palácio, que riam de como Hajime era feito de gato e sapato pelos principezinhos nas brincadeiras nos longos corredores ou nos jardins da moradia real, além da forma com que parecia que ele sempre tinha um dos dois nos braços, sempre ignorando com sua típica cara amarrada qualquer olhadela torta de pessoas com postos superiores ao dele.