2/2 Skyfall

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Ele me olhava tão confiante que não hesitei em continuar a descer, fechando os olhos e mordendo os lábios pela dor, decidindo que seria pior se fosse aos pouquinhos como ele me disse, pois apenas estenderia o incômodo de tê-lo dentro de mim naquele primeiro instante. Quando senti que tinha acabado, suspirei aliviado, e me movi até estar com a testa colada em seu ombro, não me controlando e arranhando sua pele inteira.

"Tudo bem?", sussurrou, sua mão entrando com dificuldade entre os nossos corpos até me envolver com suavidade.

Não consegui responder na hora. A posição estava me incomodando. A ardência estava me incomodando. A dor estava me incomodando. O fato de estar demorando tanto para me acostumar estava me deixando inseguro e a mistura de tudo isso estava fazendo meu corpo tremer. Mas sua mão em mim começava a me distrair aos poucos, o vai e vem começando a atrair mais minha atenção e me nublar mais, o seu cheiro e a quentura de seu corpo me embalando e me acalmando a cada segundo que ele ficava ali, quietinho comigo em seu colo, paciente mesmo estando quase em seu limite.

"Iwa-chan...", murmurei contra sua pele, um arrepio subindo por minha coluna enquanto a dor não parecia mais tão ruim.

"Diga, meu bem." Sua boca estava em minha orelha, mordiscando e beijando lentamente, me fazendo suspirar ainda mais forte.

"Será que eu já posso me mexer?", perguntei, com os olhos pesados demais pelos seus carinhos para considerar abri-los.

"Me diga você, meu bem", disse, seus beijos descendo pelo meu pescoço até chegar em meu ombro. "Você quer se mexer?"

Achei sacana de sua parte me perguntar aquilo antes de sugar minha pele de forma tão maldosa, me fazendo estremecer.

"Quero." Ofeguei, feliz por ter percebido que o incômodo não era mais um problema. "Quero começar a te sentir de verdade, Haji".

Ele suspirou pesado, a mão em meu quadril indo para a minha bunda e apertando minha pele com força, me fazendo dar um sobressalto e gemer baixinho, extasiado pelos movimentos lentos que sua mão continuava fazendo em mim, um contraste tão grande contra nossas respirações cada vez mais rápidas.

"Então se mova pra mim, amor."

Ainda com o rosto colado em sua pele, me sentindo sem fôlego pela forma como sua voz rouca me chamara, arrisquei jogar meu quadril para frente e para trás, maravilhado só escutá-lo ofegante em meu ouvido, o aperto minha bunda se intensificando ainda mais enquanto sua outra mão tremia em meu membro.

Rebolei mais uma vez, começando a me esquecer que, a apenas alguns segundos, tê-lo dentro de mim estava sendo tão desconfortável. Agora, sentindo ele pulsar e sua pele se arrepiar sob meus dedos, eu começava a me entregar a ele.

Suas mãos percorreram minha derme até ambas se encontrarem debaixo de minha bunda, apertando com força e me fazer dar um impulso para frente, seu corpo se inclinando contra o meu e me obrigando a me inclinar um pouco para trás. Quando suas mãos me impulsionaram para cima não fiz residência para obedecer suas vontades, minhas unhas descendo pela extensão de suas costas na mesma lentidão que eu voltava a sentar sobre ele.

"Tooru" sussurrou com a voz quase sumindo. "Pode fazer mais disso por mim, amor?".

Não respondi, apenas voltei a me apoiar em seus ombros antes de erguer meu quadril novamente, sem precisar tanto do apoio de suas mãos desta vez, mesmo que elas ainda agarrassem minha pele com força. Subi com cuidado, sem querer desencaixar nossos corpos, e senti ele apoiar o rosto em meu peito quando eu rebolei antes de voltar a sentar tão lentamente quanto da primeira vez.

Ele ofegava em minha pele, sofrendo pelo ritmo que seguíamos, mas não tentava me apressar nos movimentos que eu seguia repetindo, descobrindo aos pouquinhos tanto as minhas reações quanto as suas. Eu amava como seus lábios deslizavam pelo meu peito toda vez que ele gemia e sussurrava meu nome, a forma como suas mãos firmes me davam apoio, segurando minha bunda e deslizando-as em minhas costas até me abraçar apertado, me fazendo gemer ainda mais pela forma que meu membro ficou entre nossos corpos, a fricção gostosa que isso causava enquanto eu continuava a subir e descer. Eu amava a dança que nossos corpos faziam com aquele vai e vem.

When the Sun Goes DownOnde histórias criam vida. Descubra agora