Stumbled in Love (PT/BR)

Capítulo 12

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Boa leitura!!

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Você conhece aquele momento em que sente que não consegue diferenciar totalmente entre um sonho e a realidade? Quando você pode ouvir, ver e até mesmo sentir que o mundo ao seu redor continua normal, mas você parece estar enraizado no seu lugar tentando decifrar o que era a realidade e o que era uma ilusão maluca que seu cérebro confuso criou. 

De alguma forma, foi assim que me senti enquanto estava a apenas alguns metros de distância de Arthit, olhando para ele com minha boca aberta enquanto ele continuava olhando para... nada. 

Ele era...? 

Ele é...? 

Ele não pode ser. 

Certamente ele não era. 

Arthit? 

Cego? 

Não.

Não pode ser. 

Simplesmente não pode.

E, no entanto, o homem parado na minha frente claramente era. Olhando diretamente para mim com olhos vagos que não viam nada. 

Talvez eu estivesse simplesmente delirando. Imaginando coisas que não existiam. 

Exceto, eu tinha certeza que meus olhos não estavam me enganando desta vez. 

Arthit definitivamente era cego. 

Mas exatamente quando eu estava lutando entre a confusão e a aceitação, meu cérebro propôs uma solução bastante única. 

Quer dizer, por que não pensei nisso antes? 

Este Arthit era cego, mas não havia nenhuma razão real para ele ser meu Arthit, certo? Certo.

Tenho certeza de que há mais de um Arthit sob o sol. Obviamente, tem. Embora, quantos deles tinham quase a idade certa e resmungavam sem parar para a pessoa ao lado deles é bastante questionável, mas certamente ele não era o Arthit que eu estava morrendo de vontade de ver há meses. 

Não, não é meu Arthit.

Mas então por que eu não conseguia parar de olhar boquiaberto para ele? Olhando indiscretamente para as mãos para verificar se combinavam com a palidez da palma que ele enfiou na porta para pegar o jantar que eu trouxe para ele. 

Ouvidos se esforçando ao máximo enquanto eu tentava colocar sua voz ao lado daquela que ouvi pelo interfone inúmeras vezes. Minha mente e meu coração em uma batalha um com o outro enquanto eu continuava ouvindo sua conversa, as pernas incapazes de se mover do meu lugar, os olhos fixos em seu rosto, tentando descobrir o que fazer a seguir. 

Ainda devo ir até ele e confirmar minha suspeita? Certamente não. Eu não deveria incomodar um estranho. Mas se ele realmente era meu Arthit então... então... então... eu não sei. 

"Que porra é essa, Erica? Quanto tempo você precisa para encontrar um maldito pedaço de papel? Estou seriamente questionando se seu cérebro está completamente bom agora." 

"Cale a boca, Arthit. Estou ocupada, ok." 

"Hã? Ocupada com malditamente o quê? Obviamente não com a única coisa que você veio fazer aqui, porque você tem sido totalmente inútil durante todo o meu compromisso." 

"Sshhhhh... eu não disse para você calar a boca. Tem um cara realmente fofo me olhando agora e eu não preciso de você brigando para assustá-lo, ok?"