Capítulo Especial 04

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Boa leitura!!

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"Arthit já está acordado?" 

"Oh, Kong? Você acordou cedo. Bom dia para você também." 

"Hmmm... sim... bom dia... bom dia... então, onde está Arthit mesmo?" 

Minha cabeça virando da esquerda para a direita em busca do homem enquanto me sentava na mesa de jantar em frente aos meus pais, pegando uma fatia de maçã e colocando na minha boca. Minha mãe estava ocupada cortando frutas antes que as meninas descessem para o café da manhã, enquanto meu pai estava, como sempre, escondido atrás da tela do notebook. Uma rápida olhada no relógio me dizendo que era o momento certo para Arthit aparecer. Ele provavelmente estava cronometrando sua entrada perfeitamente para coincidir com todas as minhas irmãs, certificando-se que ele não ficaria preso tendo muitos momentos sozinhos comigo. 

E deixando de lado por um momento que eu provavelmente estava explodindo de frustração sexual por não ter mais do que alguns beijos roubados do meu namorado nos últimos 10 dias, também foi imensamente divertido vê-lo corar todas as vezes em que eu entrelacei meus dedos no seus. Ou como ele mastigava o lábio inferior de forma um pouco mais adorável sempre que eu dava um beijo rápido em sua bochecha. Pelo menos ele não estava mais fugindo como uma galinha sem cabeça quando chegava ao lado dele.

Juro que o cérebro em cima da cabeça do homem é um labirinto complexo que levarei décadas para decifrar. Quero dizer, alguém me explica como alguém passa de mal conter sua empolgação sobre uma viagem que planejamos há mais de dois meses, mas depois se transforma instantaneamente na definição da palavra tímido no momento em que ele chega ao aeroporto.

"Ele foi  na sua casa para te surpreender. Acho que o garoto finalmente conseguiu reunir coragem para passar o dia sozinho com você. Parabéns, parece que pode ser seu dia de sorte." 

"Espere, ele foi para a minha casa? Por que você não me contou antes?" 

Ficando de pé rapidamente, meu peito explodindo de emoção, eu virei em direção à saída quando minha mãe gritou atrás de mim novamente. 

"Ele foi à sua padaria favorita primeiro." 

"Padaria? Por quê?" 

"Para pegar o café da manhã, é claro." 

"Ele foi lá sozinho?" 

"Sim." 

"O quê? Por que você o deixou ir sozinho?"

"Porque eu não estou no direito de dizer a um homem crescido o que ele pode ou não fazer." 

"Mas mãe, ele não conhece esse lugar. Nem o idioma. Ou como se parece. E se ele se perder?" 

E enquanto eu estava pirando pensando no pior cenário sobre Arthit vagando desesperadamente pelas estradas de uma terra estranha enquanto eu não conseguia chegar até ele quando ele realmente precisava de mim, tudo que minha mãe fez foi dar de ombros indiferente enquanto ela continuava cortando mais maçãs. 

Andando rápido em direção à porta, agora mais com pânico intenso do que excitação, corri para a padaria. Ano passado passei horas mais do que suficientes da minha vida me preocupando constantemente se Arthit precisaria de mim enquanto vários quilômetros nos separavam. Odiando o fato de que às vezes me sentia impotente por estar em outro país enquanto sabia que ele estava lutando contra seus medos diários e eu não estava perto dele para ajuda-lo.

A preocupação, a culpa, a solidão tinham sido a parte mais difícil de nossa separação, mas agora que estávamos finalmente juntos, eu não tinha absolutamente nenhuma intenção de me sentir assim enquanto apressei meus passos para alcançar o homem que estava fazendo uma viagem solitária numa terra estrangeira pelo único motivo de querer pegar um café da manhã para mim.

Stumbled in Love (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora