Capítulo 29

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Eu fechei lentamente a porta atrás de mim, meu corpo cansado instantaneamente encontrando apoio contra ela, enquanto eu enterrei meu rosto em minhas mãos. O peso do encontro exaustivo que eu acabara de ter ainda me dominava quando senti minhas pernas cederem. Deslizando para baixo, encontrei-me sentado bem no chão frio. De alguma forma, em uma posição bastante semelhante às várias vezes que compartilhei refeições com Kong. E ainda não havia nada remotamente agradável neste momento particular. 

Que pecado imperdoável eu cometi em meu nascimento anterior, aquele dia, o único dia maldito que eu tenho esperado por toda a minha vida, que foi incomensuravelmente arruinado? E como se topar com minha mãe já não fosse a definição literal do meu pesadelo, tinha que ir e ser mil vezes pior com Kong realmente testemunhando meu constrangimento. Eu nem sei como devo explicar a ele o que aconteceu. Sério, como alguém conta para a outra pessoa que sua própria mãe acreditou por toda a sua vida que teria sido melhor para todos os envolvidos se a morte tivesse me reivindicado antes mesmo de eu nascer? E não só isso, de que eu não saísse andando por aí, porque seria melhor se eu tivesse em um asilo?

Você não conta. 

E talvez seja hora de eu aceitar isso. Romance era algo que simplesmente não faria parte do meu futuro. E maldito seja. Aposto que muitas pessoas passam pela vida sozinhas, perfeitamente contentes. E não é como se essa coisa com Kongpob levasse a algum lugar de qualquer maneira. Ele iria embora e, eventualmente, pararia de pensar por um momento sobre qualquer uma dessas coisas.

E aqui tudo o que me restou foi um último esforço para espremer as ilusões de uma vida normal que eu havia imaginado ter em algum momento. 

Já pareço suficientemente amargo? Eu espero que sim, porque neste momento eu odiava tudo sobre essa maldita existência. Eu odiava que meus pais me tivessem dado à luz. Odiava Sol por fugir na primeira chance que teve. Eu odiava Kong por sempre me dar esperança de felicidade. E acima de tudo eu me odiava por... por ser eu.

Pela primeira vez em vários meses, mais uma vez me perguntando de que adiantava lutar todos os dias e todas as noites quando nada mudaria. Afogando-me em meus próprios pensamentos sobre o quão desagradável o resto da minha vida parecia, quando a batida repentina na porta me fez literalmente pular fora da minha pele. 

Bang. Bang. Bang.

"Arthit! Abra. Sou eu." 

Claro que era. Por que eu pensei que Kong realmente me deixaria afundar em minha miséria em paz?

Bang. Bang. Bang. 

"Vamos, Arthit. Apenas me deixe entrar. Trouxe pizza para o jantar. Com todas as coberturas que você adora. Abra a porta, Arthit. Por favor." 

Quanto tempo você acha que preciso ignorá-lo antes que ele decida ir embora? Certamente um homem com uma visão decididamente melhor do que a minha seria capaz de dizer com bastante propriedade o quanto eu não queria enfrentá-lo agora. 

Bang. Bang. Bang.

"Arthit, você sabe que eu não vou simplesmente embora, certo? Você não pode simplesmente excluir o mundo toda vez que algum idiota aparecer na sua frente. E você definitivamente não pode me excluir. Agora abra." 

O que há de tão errado em fechar a porta para a realidade de vez em quando? Parece ter funcionado perfeitamente bem até agora. Se você descontar o fato de que posso contar nos dedos os relacionamentos não disfuncionais que tenho. 

Stumbled in Love (PT/BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora